Close Up apresenta última réplica do episódio 3.

O Close-Up, Observatório de Cinema de Famalicão, apresentou o programa da réplica 3.3. Nos próximos dias 10 (sexta-feira) e 11 (sábado) de Maio, a Casa das Artes de Famalicão recebe os filmes Sobre Tudo Sobre Nada, de Dídio Pestana; Mirai, de Mamoru Hosuda; e ainda A Mulher de Quem se Fala, de Kenji Mizoguchi.
As propostas vão ao encontro dos eixos orientadores do ciclo: filmes nacionais, sessões para famílias e passagens pela história da sétima arte. Sobre o filme do português Dídio Pestana, Vítor Ribeiro – responsável pela selecção das obras -, diz que Sobre Tudo Sobre Nada “é um documentário muito curioso”. “Na sinopse, o realizador usa uma frase que sintetiza bem o filme: regista para o futuro no formato do passado. Ele regista memórias dele em Super 8, um formato do passado, e carrega as vivências dos locais que filma”.
Depois, a sessão para famílias contempla o filme de animação japonês Mirai. “É um filme que fala das relações familiares, onde o protagonista é um miúdo de 4 anos. É uma proposta que esperamos que chegue a adultos e a crianças”. Quanto à última proposta, Vítor Ribeiro enuncia A Mulher de Quem se Fala como “uma das obras-primas de Mizoguchi”. “Incluímos este título porque o universo feminino é o elemento mais forte da filmografia do Mizoguchi”, explica.
Close Up “é diferente dos outros festivais de cinema do país”
O Close-Up, Observatório de Cinema de Famalicão, começou em 2016. O formato integra, inicialmente, uma semana em Outubro de cada ano, os chamados episódios, com sessões dedicadas a um tema, exibições para escolas e ainda filmes-concerto. Após o episódio em Outubro, o Close Up mantém a programação através das réplicas bimestrais.
O formato, diz Vítor Ribeiro, é “particularmente inovador relativamente aos festivais portugueses” visto procurar “manter um diálogo permanente com o público, não esgotando a programação naquela semana de Outubro”.
A programação regular aponta igualmente a um dos principais objectivos do Observatório de Cinema: a formação de públicos. Para isso, há as sessões destinadas às escolas. Os filmes seleccionados para o efeito, revela Vítor Ribeiro, são escolhidos com o máximo cuidado. “Em relação aos alunos do 1º ciclo, é uma idade em que as crianças começam a lidar com as imagens em movimento e são cada vez mais inundados com isso. É importante a apresentação de propostas para essas idades.”
Municípios do quadrilátero urbano estão interessados no Close Up
Vítor Ribeiro assinala que há escolas fora do concelho de Famalicão que se inscrevem nas sessões. Existe, por isso, interesse dos restantes municípios do quadrilátero urbano (Braga, Guimarães e Barcelos) nas exibições do Close Up.
“Em Outubro passado, no episódio 3, tivemos cá o kick-off do CINED, um programa europeu que pretende associar o cinema à educação. Tivemos a presença de representantes de todos os municípios do quadrilátero e mostraram interesse em trabalhar numa programação conjunta, quer seja através dos teatros municipais ou dos cineclubes”, revela.
Programação do episódio 4. está prestes a ser divulgada
Sem entrar em detalhes, Vítor Ribeiro foi desafiado a antecipar a próxima edição do Close Up -Observatório de Cinema de Famalicão -. O programador diz que o 4º episódio vai acontecer, como habitualmente, em Outubro, entre os dias 12 e 19, e estão previstas 40 sessões do cinema nacional e internacional e dois filmes-concerto em estreia absoluta.
Antes disso, ainda há para fechar o 3º episódio. Nos próximos dias 10 e 11 de Maio, a Casa das Artes de Famalicão recebe os filmes Sobre Tudo Sobre Nada, de Dídio Pestana; Mirai, de Mamoru Hosuda; e ainda A Mulher de Quem se Fala, de Kenji Mizoguchi. Os bilhetes por sessão custam 2 euros.
Áudio:
Vítor Ribeiro faz o balanço do Close Up, que iniciou em 2016
