CMB instala torniquetes para controlar funcionários

Os funcionários da Câmara Municipal de Braga estão “descontentes” com a instalação de torniquetes no edifício do Pópulo. O objectivo é “controlar” as entradas e saídas dos colaboradores do município. Quem o diz é o vereador da CDU, Carlos Almeida, que levou a questão à reunião do executivo municipal, esta sexta-feira, na freguesia de Padim da Graça.

De acordo com o vereador da oposição, os funcionários estão a ser alvo de uma espécie de “vigilância policial” o que tem provocado um enorme “descontentamento” junto dos visados. Durante a reunião do executivo municipal, Ricardo Rio explicou que estas situações de incumprimento são de “difícil escrutínio e, obviamente, requerem mecanismos. Nós não podemos colocar pulseiras electrónicas individuais em cada um dos colaboradores”.

Questionado por Carlos Almeida, de forma irónica, sobre a afirmação o edil responde de forma sarcástica, “em alguns se calhar colocava uma vez que existem pessoas que não cumprem as suas responsabilidades nomeadamente a presença no edifício municipal”.

A resposta, não caiu bem no seio da oposição levando o vereador da CDU a sublinhar que essa mesma afirmação “diz muito sobre a medida” que classifica como “absolutamente incompreensível”.

Carlos Almeida frisa, no entanto, que estas estratégias não são novidade para os colaboradores do município bracarense, sendo que este executivo tem vindo a controlar os horários de forma mais apertada.

O vereador afirma não compreender que o executivo distinga os colaboradores com medalhas municipais e depois avance com medidas desta índole, e acrescenta que os trabalhadores “merecem respeito, consideração e valorização”. 

“O presidente da Câmara acabou por dizer que trata os seus funcionários como se fossem criminosos”, atirou Artur Feio

Aos jornalistas, o vereador do Partido Socialista, Artur Feio, deixou duras críticas a Ricardo Rio, afirmando que o “município não tem, infelizmente, um pastor à altura”, uma vez que trata os seus funcionários como criminosos. Uma atitude que classifica de “medieval” e salpicada de “arrogância”. 



“Existem funcionários que não cumprem as suas responsabilidades. Para além de não permitir a entrada de pessoas alheias ao município”, explicou Ricardo Rio.

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio explica que esta medida foi motivada devido a duas situações registadas. O edil assegura que “uma minoria” no seio dos funcionários municipais “não cumpre as suas responsabilidades”. Existem colaboradores que “não permanecem no local de trabalho e, portanto, têm de ver disciplinada a sua entrada e saída”, justifica.


Outra das motivações avançada pelo autarca remete para o facto de indivíduos alheios ao município frequentarem de forma “acompanhada ou isolada” as instalações. É um “mecanismo normal” para assegurar condições internas e externas, acrescentou.

O autarca bracarense declarou ainda que a expressão referente às pulseiras electrónicas não foi pronunciada por si. O presidente explica que não existe um método individualizado de controlar a minoria que não está a cumprir com as suas funções, logo este é o mecanismo que permite solucionar o problema.

Áudio:

Declarações do vereador da CDU, Carlos Almeida, que levantou a questão na reunião do executivo e que contou com o apoio do vereador do PS, Artur Feio. Já o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, explicou a necessidade de utilizar os torniquetes.

Vanessa Batista
Vanessa Batista

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