CMB pede terrenos ao Ministério da Saúde para ecoparque

O executivo bracarense aprovou esta segunda-feira uma recomendação que será enviada para o Ministério da Saúde e que prevê a cedência, ao município, de 8,9 hectares de terreno junto ao Hospital de Braga. O objectivo é que essa parcela seja integrada no Parque Ecomonumental das Sete Fontes (ver terreno no final desta página). 

Antes da votação, os socialistas procuraram que a recomendação fosse retirada da ordem de trabalhos, considerando que o município de Braga ainda “não acautelou devidamente” se esses mesmos terrenos não estarão a ser equacionados pela tutela para a expansão da unidade de saúde. Na resposta, o presidente da autarquia lembrou que se trata de uma questão de interesse público tendo em vista o objectivo comum da construção do ecoparque, salientando também que, em caso de uma eventual expansão a mesma poderá acontecer para a zona sul.

Artur Feio, vereador do Partido Socialista, diz que “antes de qualquer tomada de posição colectiva seria razoável a autarquia consultar o Ministério da Saúde para perceber qual é que é a possibilidade ou não de expansão futura”, sugerindo que a futura administração do Hospital de Braga – que será nomeada pelo Governo – até pode vir a ter outras ideias para aqueles terrenos.

“É preciso é acautelar que não se condiciona nem uma coisa nem outra” – Carlos Almeida

Já o vereador da CDU, Carlos Almeida, votou favoravelmente a recomendação, salientando que se trata de um projecto de interesse público e de uma zona classificada. Apesar disso, o comunista reconheceu que nas negociações com o Ministério da Saúde, o município enquanto interessado deve “procurar soluções alternativas” assegurando que a expansão do Hospital, a acontecer não seja para perto do monumento, “mas possa ser para outros terrenos, nomeadamente a sul das actuais instalações, porque espaço existe, é preciso é acautelar que não se condiciona nem uma coisa nem outra”, avisou.

Presidente da autarquia diz que dos contactos feitos não há intenção de expansão, que a acontecer também poderá ser feita para a parte sul

Ricardo Rio afirma que o município “está disponível para ouvir as pretensões do ministério”, mas lembra que “dos contactos que foram sendo feitos com o Ministério da Saúde e a anterior gestão do Hospital sempre foi dito que não haveria intenção de fazer a expansão, e que ela poderia não ser feita para aquele local, mas sim para outros”.

Caso sejam apresentados argumentos contrários, o presidente da autarquia bracarense diz que o município “não pode levar a mal, porque um investimento no Hospital significa trabalhar pela saúde dos bracarenses”, mas frisa, no entanto, que o objectivo da autarquia é ter essa parcela de terreno incluída no ecoparque.

“Só reivindicamos o usufruto dos terrenos, a possibilidade de os tornar fruíveis pela população”, atestou ainda o autarca.