CMB quer Jardim Sta. Bárbara como bem de interesse municipal

A Câmara Municipal de Braga (CMB) vai propor a classificação do Jardim de Santa Bárbara como bem cultural de interesse municipal. A proposta, sujeita a discussão e votação na reunião de Câmara da próxima segunda-feira, inclui ainda a Fonte de Santa Bárbara (cuja imagem original de Santa Bárbara, por razões de segurança, se encontra patente no Claustro do Convento do Pópulo).
No despacho, que será levado a reunião do executivo pelo vereador Miguel Bandeira (vereador com os pelouros da Regeneração Urbana, Património, Habitação e Gestão do Centro Histórico), pode ler-se que “por razões de coerência patrimonial e também por continuidade visual”, a classificação deve alargar-se ao jardim privado, situado na cota inferior, “ainda que o acesso e fruição do mesmo só possam ser feitos com a devida autorização da Universidade do Minho”. Assim sendo, toda a área do jardim será alvo de classificação, sugere o documento.
O município está ainda a ponderar a possibilidade de proceder a uma classificação estratégica e abrangente de mais imóveis. Ao todo são 16: Igreja de Santa Cruz, Igreja de S. Paulo, Igreja da Senhora a Branca, Igreja da Lapa e Arcada, Torre de Santiago e Oratória de Nossa Senhora da Torre, Capela de S. Sebastião das Carvalheiras, Capela de Nossa Senhora da Penha de França, Igreja de São Francisco e Convento, Casa dos Avelar (Rua de S. Geraldo), Casa do Passadiço (Largo S. João do Souto), Palácio dos Falcões (Largo de Santiago), Torre Medieval do Arco da Porta Nova e Museu de Imagem, Teatro Circo, Largo do Paço e Chafariz dos Castelos, Mamoa de Lamas e Estádio Municipal de Braga.
O despacho sugere que estes imóveis devam ser alvo de um procedimento de classificação como de interesse municipal na esfera de competências da CMB nos termos da Lei do património.
Esta proposta, formulada pelo arquitecto Octávio Oliveira no final de Agosto deste ano, ganha a dimensão de despacho, sendo que o responsável em causa pelo documento se disponibilizou para coordenar o procedimento, caso o município tenha capacidade para nomear a tempo parcial um técnico superior (da área do património cultural ou de arquitectura) para dar apoio à acção.
A reunião do executivo camarário tem início marcado para as 9h30 desta segunda-feira. Trata-se de uma reunião pública onde, para além deste assunto, serão debatidos e votados o relatório trimestral de execução orçamental/2° trimestre de 2017 do Theatro Circo e o projecto de Regulamento do Programa Braga + 65.
Fotografia: Pedro Costa
