CMG compra edifício que dá acesso à Torre de Alfândega

A Câmara de Guimarães vai adquirir um imóvel junto à Torre de Alfândega, com o objectivo de requalificar o espaço. Pelo valor de 60 mil euros, a autarquia vimaranense irá comprar o prédio em ruínas que integra parte do “Pano da Muralha”. O objectivo é proceder à requalificação do interior da torre onde se lê “Aqui Nasceu Portugal” e tornar o espaço visitável. O despacho foi dado a conhecer à vereação municipal, na reunião de Câmara desta quinta-feira.


As críticas da oposição surgiram por parte do vereador da coligação Juntos por Guimarães, Ricardo Araújo. O vereador lembrou que, caso a Câmara tivesse exercido o direito de preferência em Fevereiro de 2016, quando o edifício foi posto à venda, tinha pago menos 5 mil euros. Tal situação prova que “a Câmara nao tinha um projecto para a requalificação da Torre de Alfândega”, garante.  “5 mil euros representa 10% do custo de aquisição. Uns dirão que é irrelevante, mas 5 mil euros só é pouco quando se trata do dinheiro dos outros”, criticou.


O vereador social-democrata fez referência a um Despacho, assinado pelo vereador José Bastos, onde se lê que, onde se localiza o referido prédio urbano, a Câmara considera que não se justica exercício do direto de preferência de aquisição do imóvel.

Por sua vez, o vereador Torcato Ribeiro, da CDU, considerou que a atitude da Câmara foi de negligência. “Eu disse que era importante salvaguardar o espaço para haver um usufruto superior àquele que estava previso inicialmente. Considero positiva a aquisição, mas não podemos deixar passar em claro a irresponsabilidade”, criticou.

Na resposta, o vereador José Bastos explicou que a Câmara não exerceu o direito de preferência por não ter toda a informação relativa ao edifício a adquirir. “No primeiro edifício, a Câmara não exerceu o direito de preferência porque o proprietário não estava identificado e não correspondia de forma correcta à sua indicação com o edifício em questão. O segundo edifício, na Rua do Anjo, só tem interesse se resolvido o problema do anterior. Na altura não exercemos o direito de preferência porque não fazia sentido, nem o queríamos para nada”, lembrou.

José Bastos lamentou que a informação da propriedade do edifício não tenha chegado atempadamente ao município.”Houve muitos estudos sobre o assunto. Procuramos documentação e argumentos com 200 e 300 anos. Agora percebe-se que houve um conjunto de situações que levaram a esta informação errônea. Pelo número que foi posto à venda, não era possível perceber que se tratava da Torre de Alfândega”, admitiu.

A Câmara de Guimarães quer, ainda este mandato, adquirir todos os edificios que fazem parte do “pano da muralha”, junto à Torre de Alfandega, com o objectivo de tornar o espaço visitável.

Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

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