Comentadores da CDU e PS questionam transparência da CMB

O Índice de Transparência Municipal continua a dar que falar em Braga. Nos dados apresentados recentemente e relativos ao ano de 2016, Braga aparece no 235.º lugar e os comentadores da RUM, afectos ao PS e CDU não deixaram escapar críticas ao executivo municipal no programa Praça do Município.
Num ano em que a média geral dos municípios subiu, Jorge Cruz (PS) e Carlos Almeida (CDU) consideram que o actual executivo, em funções desde Setembro de 2013, tem diminuído o seu desempenho neste parâmetro.
De assinalar que o Índice de Transparência Municipal (ITM) baseia-se, desde 2013, no levantamento da informação de interesse público disponível nos ‘sites’ dos 308 municípios, segundo 76 indicadores, agrupados em áreas, e não representa um índice de corrupção, nem significa sucesso eleitoral ou satisfação do eleitorado.
Carlos Almeida, que é também vereador na CMB desde 2013, considera que a transparência deixa muito a desejar face àquelas que eram as promessas de Ricardo Rio na campanha eleitoral. O comentador deu exemplos do seu papel enquanto vereador da oposição anotando situações em que considera que a postura dos serviços municipais deveria ter sido outra. Pedindo informações a propósito de um requerimento de uma informação alusiva ao PDM, os serviços “negaram essa informação”, justificando que “não são capazes de recolher os processos que foram alvo do despacho”. Uma resposta que não convenceu Carlos Almeida, que acrescentou que “os serviços têm condições para o fazer e não querem simplesmente disponibilizar essa informação”.
“As sessões públicas para apresentação de projectos são uma farsa”, diz Carlos Almeida
Para o comentador da CDU as sessões públicas “são uma farsa porque apresentam factos consumados”. Deu o exemplo da reabilitação da rua Nova de Santa Cruz, projecto apresentado a moradores e comerciantes a dois dias do arranque das obras, ou das sessões de esclarecimento das Áreas de Reabilitação Urbana, que decorreram ao longo dos últimos dias em três freguesias distintas do concelho.
Quem também não está satisfeito com o índice de transparência da CMB é Jorge Cruz. O comentador socialista considera que Ricardo Rio “se for forçado por lei diz aquilo que fez, se não for forçado por lei a transparência dele (Ricardo Rio) é só em casa. Só os amigos é que podem saber e parece-me muito pouco para transparência”, defendeu.
Jorge Cruz considera que “no princípio” Ricardo Rio cumpriu com o que prometeu nestes aspectos, mas entretanto foi mudando a sua postura.
