Conselheiros do Hospital preocupados com falta de contrato

O Conselho para o Desenvolvimento Sustentado do Hospital de Braga está preocupado com o atraso na contratualização da actividade do hospital com o Ministério da Saúde e que é relativa ao presente ano.

Esta foi uma das maiores preocupações demonstradas por este órgão, que reuniu esta semana, e que sublinhou, ainda assim, os serviços de qualidade prestados pela unidade de saúde situada em Braga.

Em declarações à RUM, Luís Braga da Cruz, presidente do Conselho, reafirmou que o hospital “é dos melhores do país”, mas salientou “a preocupação por se estar quase no final de Fevereiro e a contratação entre a entidade que gere o hospital e o Ministério de Saúde ainda não estar fechada para o ano de 2017”.

Luís Braga da Cruz explicou que “o hospital não sabe quantas primeiras consultas e intervenções cirúrgicas deve fazer”, lembrando que isso é o objecto da contratualização em falta.

O ex-ministro da Economia deixou um aviso: “É urgente que esta contratação corresponda às necessidades reais da população. O Hospital não deixa de atender as pessoas que têm necessidades de saúde, até porque acaba por fazer o número de consultas e intervenções acima do contrato, com uma remuneração abaixo da contratada, ou seja, com desconto. Isso não é saudável”. Perante este atraso, Luís Braga da Cruz explica que “o número de pessoas em lista de espera para primeira consulta e intervenção tem vindo a crescer entre 40 a 50% nos últimos anos”.

“Porque é que tem lista de espera se o hospital tem capacidade de intervir? Porque o estado não contrata para não gastar dinheiro e assim dá-se um problema de assimetria de tratamento, ou seja, a população do Minho está a ser tratada assimetricamente em relação à restante população do país”, disse Luís Braga da Cruz que refere que em causa está a “coesão territorial” no país.

Os conselheiros, sobre esta matéria, invocam o próprio Tribunal de Contas, no relatório de auditoria à execução do Contrato de Gestão do Hospital de Braga em Parceria Público-Privada, de Novembro de 2016, que recomenda que a produção anual contratada seja ajustada às necessidades da população que o Hospital de Braga serve.

O Conselho para o Desenvolvimento Sustentado do Hospital de Braga tem em Luís Braga da Cruz o seu presidente, num órgão onde fazem parte D. Jorge Ortiga (Arquidiocese), Ricardo Rio (Município de Braga), António Cunha (Universidade do Minho), João Duque (Universidade Católica), Armando Osório (Cruz Vermelha de Braga), Bernardo Reis (Santa Casa da Misericórdia de Braga), António Marques (Associação Industrial do Minho) e Domingos Macedo Barbosa (Associação Comercial de Braga). 

Daniel Silva
Daniel Silva

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