Requalificação da Capela de Nossa Senhora da Graça vence OP de Braga

“Conservação, restauro e reabilitação da Capela de Nossa Senhora da Graça” foi o projecto vencedor da sexta edição do Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Braga (OP). A proposta contou com 1.766 votos e vai receber um total de 85.355 mil euros. A execução do projecto irá arrancar no próximo ano.
A Capela de Nossa Senhora da Graça, localizada na Nacional 204, recebe visitantes de concelhos vizinhos como Vila Verde e Barcelos.No total o OP contou com 17.044 participantes e 11.488 votações. Num universo de 47 projectos apresentados passaram à fase de votação 38 propostas.
À RUM, Fernando Agostinho Fernandes, proponente do projecto vencedor, sublinha que a Capela de Nossa Senhora da Graça, na freguesia de Padim da Graça, é um espaço “nobre” que necessita de obras de requalificação “urgentes”, em especial no altar mor. Intervenções que têm, obrigatoriamente, de ser realizadas por profissionais especializados, uma vez que é necessário “fixar o ouro que existe tanto no altar como no tecto”, para além de alguns retoques. Trabalhos que elevam os custos.
O OP conta com uma verba total de 650 mil euros que provém do orçamento da CMB. Nesta sexta edição o segundo lugar foi para a iniciativa “Espaço de escuta e dinamizador de actividades na e para a comunidade” e no terceiro posto ficou o projecto “CreScHe a Brincar”. Os dois projectos receberam um montante de 85 mil euros cada. Ao todi o OP premiou oito iniciativas.
Número de propostas submetidas ao OP está a diminuir. Autarca assume “sentimento de tristeza”
No primeiro ano do Orçamento Participativo, em 2014, foram 136 as propostas apresentadas. Já em 2019 o número é claramente inferior, apenas 47. O presidente da autarquia bracarense, Ricardo Rio, admite olhar para esta situação com um “sentimento de tristeza”, visto que este fenómeno se deve ao facto de “muitos bracarenses considerarem que não vale apena concorrer porque as estruturas mais consolidadas vão ter mais capacidade de mobilização”.
Ora, olhando para os números, o edil acaba por fazer uma comparação. “No último acto eleitoral (autárquicas) foram 21 os partidos que se apresentaram a sufrágio. As primeiras cinco propostas que venceram o OP tiveram mais votos individuais dos bracarenses que todos os partidos, excepto os que ocuparam os sete primeiros lugares. Isto mostra a relevância das propostas”, reitera.
Ricardo Rio frisou também que este OP contou com propostas que pretendem actuar em diversas áreas. Desde o património, a valências sociais até iniciativas imateriais. Em suma, “o Orçamento Participativo é uma ferramenta para todos os bracarenses e que representa as necessidades das comunidades”, constacta.
