Costa pede “voto de confiança aos portugueses”

Em Braga, António Costa pediu aos portugueses “um voto de confiança” para a Europa.
Alinhado com Pedro Marques, cabeça de lista socialista às eleições europeis de Maio, António Costa acusou a direita de falta de argumentos.
“Eles bem nos querem derrubar ainda não tiveram a coragem de dizer o que verdadeiramente desejam pedir, que é um cartão vermelho ao Governo. Mas eu quero ser muito claro: quem não deve não teme e se eles não têm coragem de pedir um cartão vermelho, pois eu não tenho medo de dizer, eu quero pedir um voto de confiança a este Governo, a esta governação, nestas eleições para o Parlamento Europeu”, apontou o secretário-geral do PS.
Perante cerca de 800 militantes e simpatizantes socialistas, num jantar comício, no Sameiro, António Costa disse que vai ser necessário “lutar muito nestas eleições”, mas que a vitória será “fundametal para dar força à Europa, para que esta continue a dar força a Portugal e para que continue a ajudar a melhorar o dia-a-dia dos portugueses”. Costa apela ao voto para “ganhar as eleições e dar força ao Governo para prosseguir a política de ter mais emprego, mais crescimento e menos desigualdade”.
O líder dos socialistas não poupou nas críticas à direita, que “já não sabe o que dizer”. “Aumentamos o salário mínimo nacional e as empresas, todos os anos, investem e exportam mais e, graças a isso, vamos no terceiro ano consecutivo a crescer acima da média europeia”, apontou.
“Esta semana, sobre o grande patrocínio de Cavaco Silva, o responsável pela política económica do PSD veio apresentar um livro sobre a sua ideia e projecto para o país edisse que era necessário acabar com as 35 horas e repor as 40 horas de trabalho para todos os funcionários públicos”, acrescentou.
Ao nível da fiscalidade, Costa relembrou que a direita o acusa de “carga fiscal elevada” e justifica: “não que tenhamos aumentado os impostos, mas porque as pessoas têm mais rendimentos, há mais 350 mil portugueses que estão a trabalhar e contribuem para a Segurança Social. A receita sobe, mas sobe porque aumentamos o emprego”.
O socialista considera ainda “curiosas” e de incentivo à “injustiça social” as duas propostas do PSD ao nível dos impostos: “subida do IVA da restauração para 23% e aumento do IRS, através da criação de uma coleta mínima de IRS para 2,5 milhões de famílias que actualmente estão isentas, por terem rendimentos muito baixos”.
“Nao têm como atacar, limitam-se a ataques pessoais como os que Rangel tem feito a Pedro Marques, mas o que os distingue é que Pedro Marques já tem muito trabalho feito ao serviço de Portugal, como por exemplo, liderou a reforma da segurança social”, enquanto o social-democrata Paulo Rangel “nada de útil fez por Portugal” no Parlamento Europeu.
O líder do PS relembrou ainda que “graças a Pedro Marques” o Governo colocou “nos primeiros 100 dias de trabalho 100 milhões de euros para as empresas e, ao fim de um ano, 300 milhões, para começarem a investir e a criar emprego e, por isso, a economia que estava a desacelerar começou a arrancar e o emprego a nascer”.
“O PS provou que não era necessario sair do Euro para romper com a austeridade e, sobretudo, criar emprego”, asseverou.
“Quem já deu provas de trabalhar cá, vai trabalhar lá”, disse ainda António Costa.
Em relação à lista do PS, o secretário- geral do partido disse que é “paritária à séria” e destacou a sua “abertura”, com três independentes nos dez primeiros lugares, entre eles Isabel Estrada Carvalhais. Além disso, destacou a presença alternada de homens e mulheres na lista.
“Reduzimos 40% o desemprego no distrito de Braga”
O cabeça de lista Pedro Marques acusou Rangel de “não ter moral para atacar”, porque “não fez nada de relevante no Parlamento Europeu”. “Parem com campanha de falsidades, apresentem propostas para a Europa para as podermos debater”, atirou o candidato. “Não têm uma única proposta para a Europa para apresentar”, criticou ainda.
O socialista tem como “proposta fazer na Europa o que se fez bem em Portugal”.
“O PS merece uma grande vitória pelo trabalho que fez em Portugal. Criamos 350 mil empregos, reduzimos 40% o desemprego no distrito de Braga e retiramos da probreza mais de 180 mil pessoas”, menciou.
“Um novo contracto social mais emprego e menos pobreza” é a linha estrutural do projecto que Pedro Marques apresenta.
