Crianças idealizam máquinas que os jovens tornam reais

Uma máquina para arrumar brinquedos, outra para distinguir os “toques” da campainha escolar, uma para arrumar o material da escola, outra para medir e informar sobre o ruído e por fim uma máquina “Colete” para salvar vidas.

A 1.ª edição do projeto internacional “My Machine” deu corpo ao sonho” de 120 crianças, resultando em seis máquinas concretizadas pelos alunos das universidades e do ensino profissional do concelho.

Para Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Famalicão, esta é uma forma muito apelativa de convidar as crianças a contribuir com as suas ideias para solucionar problemas através da construção de “máquinas”.

“Estou certo que todas as crianças têm interesse em dar contributos, porque todas elas percebem que há uma coisa que podia existir e ser melhor para elas. há aqui projectos de vários estilos, uns mais ligados a cada uma das crianças mas outros mais ligados à comunidade. Depois de vistos os projectos, reconheço que a maioria são contributos comunitários, ou seja, são crianças que não pensam no eu mas no nós”, apontou o autarca. 

Da imaginação das crianças do 1.º ciclo e do engenho de um grupo de alunos da Universidade Lusíada e das Escolas de Ensino Profissional resultaram seis máquinas. 

O trabalho afirmou o coordenador do projecto, Pedro Reis, obriga os estudantes mais velhos a recorrer a tecnologias simples para dar corpo às ideias das crianças. 

“A coordenação científica de um projecto destes, com tantas pessoas e com níveis de conhecimentos, não é simples, mas o resultado está à vista. Além de que, permite aos estudantes do ensino superior desmistificar e usar tecnologia mais simples e ser capaz de resolver na mesma os problemas mais complexos”, explicou o coordenador. 

Filipe Fonseca é professor de 1º Ciclo na escola de Louredo, que idealizou uma máquina que arruma os brinquedos.

Começaram por fazer um desenho, escolheram determinadas funções para a construção da máquina e foram envolvidos em todo o processo, até ao produto final. 

“A máquina acaba por funcionar como a consola de jogos e houve a preocupação que houvesse alguma responsabilidade. Eles têm que ter a preocupação de direccionar a máquina, construída em função de um joystick, em que eles têm que ir buscar o brinquedo e levá-lo para o sítio onde querem arrumar”, descreveu o docente. 

Em Portugal, a marca institucional é gerida pelo Parque Tecnológico de Óbidos com quem o Município de Vila Nova de Famalicão estabeleceu ligação de parceria para o estender às escolas da sua rede educativa.

A apresentação pública do resultado da primeira edição do projeto internacional “MyMachine” aconteceu hoje em Famalicão, que lançou já a segunda edição do projecto. 

Áudio:

Paulo Cunha, presidente da autarquia famalicense, Pedro Reis, coordenador do projecto, e Filipe Fonseca, professor na escola de Louredo, falam da importância do My Machine. 

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

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