Crianças visitaram Sete Fontes no Dia Mundial da Água

No Dia Mundial da Água, cerca de 115 crianças do Colégio Teresiano de Braga visitaram o Ecoparque das Sete Fontes.

Numa iniciativa promovida pelo Município e pela Agere, o objectivo passou pela “sensibilização em torno da água, não só em termos de bem de consumo humano, mas também enquanto um recurso natural”, explicou o administrador da empresa pública de água, Rui Morais.

À água associou-se a preocupação também em torno dos resíduos, “no ano em que a ONU potenciou a sensibilização em torno do que são a poluição das linhas de água”. “Nada melhor do que pegar num legado histórico para mostrar a importância desta temática e de preservar o recurso”, acrescentou Rui Morais.

Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, vestiu a pele de professor e explicou aos mais pequenos a importância das Setes Fontes, um património que considera importante “dar a conhecer a todas as pessoas”. “Acreditamos que é desde os pequeninos que temos que começar a trabalhar para o futuro. Temos muito gosto de no Dia Mundial da Água, trazer as crianças e fazer a sensibilização”, acrescentou.

Os alunos do Colégio conheceram de perto as “mães de água, que são o ponto de nascente e de reunião das águas”, que são “património do século XVIII,  ligadas ao barroco, mas onde há também muita influência romana”. 

Andreia Oliveira, coordenadora do pré-escolar do Colégio Teresiano, garante que a água é um tema trabalhado pela escola, mas realça a importância de visitas como esta, ao Ecoparque das Sete Fontes.

“O lema do Colégio é ‘a nossa casa comum’ e estamos todos a contribuir para um melhor ambiente e fazer este tipo de visita para promover a educação ambiental. Achamos muito interessante o contacto com a natureza e este ambiente todo é muito importante para eles”, acrescentou a coordenadora.

Os ensinamentos, garante, já passam da escola para casa, porque “eles próprios vão começando a chamar a atenção dos pais”.

“Água de Braga é uma das melhores do país”

No Dia Mundial da Água, importa saber que tipo de recurso consomem os bracarenses. Quanto à qualidade, Rui Morais não tem dúvidas: “é excelente e recomenda-se”.

“Temos continuado a receber os prémios relacionados com a qualidade da água, que é considerada uma das melhores águas do país”, garantiu o administrador da Agere.

“O Rio Cávado fornece uma matéria prima já de excepcional qualidade, que sabemos tratar bem e sabemos levá-la de forma eficiente a casa das pessoas, que podem estar descansadas em relação àqueles que são os padrões de qualidade internacionais”, acrescentou. 

A administrador da Agere deixou ainda a garantia de que “os reservatórios criados em todo o concelho permitem ter três dias de água para potenciais problemas”. No entanto, apela a todos para que tenham em conta os “comportamentos cívicos, que levem ao não uso excessivo da água”, assegurando, no entanto, “que no que diz respeito aos padrões quantitativos normais, para já, não há problema”.

“Se conseguirmos estar preparados para termos aqui um parque verde a Junta só aplaude”

O processo das Sete Fontes já não é de agora e em causa estão os terrenos que envolvem o coraçao verde da cidade, referentes a privados e ao Governo, no que toca ao espaço associado ao Hospital. 

A este propósito, o presidente da Junta de Freguesia mostra apoio à luta da Câmara no entrave pelos terrenos. “Se o Município conseguir salvaguardar uma área maior, inclusive a que está dentro do Hospital, são excelentes notícias”, acrescentou. 

O autarca recorda ainda que a Junta “sempre mostrou disponibildiade para ser uma auxiliar para que se concretizasse a protecção dos monumentos”, desde “o momento em que foi apresentado o processo de classificação em 1995”.

As visitas ao Ecoparque, afirmou ainda, têm aumentado “não só para mostrar o potencial histórico, mas, sobretudo, perceber que esta área verde e a água tinham que ser protegidas e blindadas à construção,  porque se houvesse interferência no subsolo iríamos estar a subtrair vida ao monumento”.


 “Toda esta área, e importa descobrir onde está a real nascente, é muito importante. Se conseguirmos estar preparados para termos aqui um parque verde a Junta só aplaude” , ressalvou Ricardo Silva. 

Áudio:

Rui Morais, da Agere, Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, e Andreia Oliveira, coordenadora do pré-escolar do Colégio Teresiano, a propósito da iniciativa

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

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