Crise migratória: o caminho para a paz

Assinala-se esta quinta-feira, 20 de Junho, o Dia Mundial do Migrante.
São milhões, no mundo, aqueles que não têm morada ou que fazem dos campos de refugiados o seu lar.
Pouco ou nada têm. Muitos trazem apenas a roupa que vestem. O mais importante, dizem, é trazer a família.
Portugal já recebeu 1.870 pessoas refugiadas, provenientes de programas de recolocação, de reinstalação e de resgates no mar Mediterrâneo desde 2015.
Braga, através da delegação local da Cruz Vermelha Portuguesa, já ajudou 5 cidadãos sírios. Três homens e duas mulheres.
Segundo o relatório Mundial das Migrações (2018), assistimos, hoje, a uma das deslocações mais representativa de pessoas dos últimos séculos. Falamos de cerca de 224 milhões de migrantes (3,3% da população mundial), sendo que mais de 22 milhões se encontram na condição de Refugiados.
O relatório anual “Tendências Globais” do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) concluiu que os níveis de deslocados são hoje o dobro do que eram há 20 anos, confirmando uma tendência crescente no número de pessoas que precisam de proteção internacional.
A Síria lidera os números de refugiados, com perto de sete milhões. Da Venezuela já fugiram 4 milhões de pessoas.
O Primeiro Ministro, António Costa, deixou a certeza de que o país está disponível a receber mais refugiados e prepara-se para acolher mais 100 pessoas que estão em campos de refugiados na Grécia.
O jovem português que ajudou a quebrar muros
E é até à capital grega que viajamos nesta reportagem, à boleia da história de Pedro Amaro Santos, antigo estudante de Património Histórico e Turismo Cultural da UMinho. Em Fevereiro de 2017, Pedro fez a mala e partiu, porque, mais do que o direito de salvar vidas, Pedro achou que tinha o dever de o fazer.
No passaporte levava uma data de regresso daí a dois meses. Passou um ano e meio até ao seu regresso.
Deu o melhor de si para quebrar “muros” e preconceitos. Na mala levou amor e trouxe a certeza que não há barreira linguística que nos impeça de amar.
Partimos agora para um campo de refugiados, em Atenas. Numa viagem emocionalmente difícil, tal como o destino.
“O campo de Moria é o inferno”. As primeiras palavras de Pedro são um murro no estômago para quem, a quatro mil quilómetros, imagina, com auxílio das imagens que nos vão chegando pela comunicação social, o cenário triste a que estão sujeitas estas pessoas.
Existem muitos e diferentes campos de refugiados, uns mais “simpáticos” do que os outros e até para se ser refugiado é precisa alguma sorte. Moria acolheu o dobro das pessoas para a capacidade que tinha.Migran
À Procura de Paz é uma reportagem RUM que pode ler na íntegra aqui .
