“Decisão da alienação não cabe à população descontente”

Ricardo Rio responde às três forças políticas que se levantam contra o executivo municipal de Braga a propósito da alienação da antiga Confiança, lembrando que a movimentação negativa “não surpreende” e que “não é por se repetirem mais vezes que passam a ter mais razão do que da primeira vez”. 

Já sobre a onda crescente de bracarenses descontentes e a possibilidade de dezenas de munícipes se deslocaram à Assembleia Municipal de Braga do próximo dia 4 de Outubro, o presidente do município de Braga lembra que “não é por haver altas centenas de bracarenses empenhados nesta causa que essa questão é mais relevante no contexto municipal do que qualquer outra”. Rio vai mais longe e sublinha que “a quem vai caber essa decisão não é a um referendo popular, mas sim aos órgãos municipais, que têm legitimidade democrática para tal”.


Presidente do município de Braga responde aos apontamentos deixados pelos convidados do debate na Junta de Freguesia de S. Victor

Ricardo Rio afirma ainda que a Câmara Municipal de Braga vai estipular um prazo para a execução da requalificação da antiga Fábrica Confiança, mas que essa nota será apenas colocada no regulamento a elaborar posteriormente pelos serviços. Em resposta às argumentações apresentadas pelos especialistas que ontem participaram no debate organizado pela Junta de Freguesia de S. Victor, Ricardo Rio referiu que o prazo não tem que constar naquele caderno de encargos, lembrando que “vai existir um regulamento da própria hasta pública em que todas as cláusulas terão que estar definidas” e que as mesmas “não tinham que estar definidas no caderno de encargos”.

Questionado sobre o prazo a colocar no regulamento que o município de Braga vai elaborar, o autarca escusou-se a adiantar, remetendo a decisão futura pelos serviços técnicos.

Rio reafirma que o caderno de encargos “dá condições para que aquilo que é fundamental salvaguardar do ponto de vista do edificado e da memória da fábrica seja verdadeiramente preservado” e insiste que o foco é “regenerar aquela zona” e que o edifício “não fique parado mais uma década”. O autarca reafirma que não há dinheiro. “Não me parece que a câmara municipal se deva endividar para fazer obras, ou desenvolver qualquer tipo de projecto na fábrica Confiança, quando temos tantas outras prioridades, muito mais relevantes para a cidade, para o concelho e para o país, do que a própria preservação da fábrica Confiança”, disse.

Mais uma vez, Ricardo Rio avisa que “não é negócio nenhum”, contrariando apontamentos deixados no debate de ontem à noite pelo painel de convidados. “A CMB vai reaver o investimento que fez dos três milhões e meio de euros”, acrescentou.

Áudio:

Presidente do município de Braga em declarações à RUM esta sexta-feira

Elsa Moura
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