Desafios para o futuro marcam 45 anos da UMinho

Uma academia mais eficiente é o objectivo assumido pelo reitor da Universidade do Minho no dia em que a instituição de ensino superior celebra 45 anos de existência. A cerimónia decorreu esta segunda-feira, 18 de Fevereiro, no Salão Medieval da Reitoria, no Largo do Paço, em Braga. Mais uma vez, no seu discurso, Rui Vieira de Castro destacou a problemática da sustentabilidade financeira. 


Para 2019, a UMinho conta com um orçamento de 150 milhões de euros, o maior de sempre. No entanto, segundo o reitor, este “tem uma estrutura que prevê 74,8% de despesas com recursos humanos”. Rui Vieira de Castro explica que as transferências do orçamento do estado cobrem apenas “cerca de 75% dos compromissos salariais com recursos humanos permanentes”. Ou seja, “as receitas oriundas de investigação e desenvolvimento (I&D) têm em 2019, no orçamento da universidade, praticamente o mesmo peso que as transferências do Estado”, declara o reitor.


Às “sombras” do financiamento juntam-se os desafios com a contratação de cerca de “150 doutorados” no âmbito dos projectos de investigação. Aos microfones da RUM, o representante máximo da academia minhota confessa estar confiante em relação ao futuro da UMinho até porque a universidade “nunca teve uma vida fácil”, e por isso este é mais um desafio em que basta “encontrar o caminho certo”. 

No discurso de balanço Rui Vieira de Castro resumiu com entusiasmo o número de publicações feitas pela comunidade académica da UMinho em 2018. Foram publicados 1865 artigos em revistas, 457 artigos em actas de conferência e 124 capítulos de livros, entre outros documentos indexados. Foram quase 260 projectos de investigação aprovados, que representam uma captação de financiamentos que ultrapassam os 43,5 milhões de euros. 

Ainda no campo da investigação, Rui Vieira de Castro abordou o tema da parceria com a BOSCH. De acordo com o reitor, ainda não foram assinados documentos sobre a continuação da terceira fase do projecto, porém sublinha que “as coisas estão bem encaminhadas”. O reitor frisa a importância destas parcerias entre a academia e empresas que permitem “aumentar as possibilidades de empregos qualificados” para os estudantes da UMinho. 



UMinho bate recorde de estudantes


Pela primeira vez a Universidade do Minho ultrapassou a marca dos 19 mil estudantes. Outra das vitórias passa pelo facto de, neste momento, frequentarem a UMinho mais de 2.000 mil alunos estrangeiros, oriundos de 80 países, o que faz da academia minhota a instituição portuguesa que mais financiamento captou do Programa Erasmus+. 


Na cerimónia solene que decorreu na manhã desta segunda-feira, a instituição atribuiu 50 bolsas em parceria com o Lions Clube de Braga no valor total de 50 mil euros. Ora, para o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Nuno Reis, estes números traduzem-se em novos desafios que obrigam a AAUM a transformar-se para representar da melhor forma os estudantes. Nuno Reis garante que a associação está comprometida com a academia, até porque ao contrário dos sucessivos governos, a AAUM “não foge aos seus compromissos”. 


Uma vez mais, a nova sede da AAUM integrou o discurso do representante dos estudantes. Numa referência histórica, Nuno Reis recordou que há “dezassete anos” que a AAUM espera por uma solução.


 o presidente do Conselho Geral, Luís Valente de Oliveira, descreve a Universidade do Minho como uma instituição “inconformada”, que ambiciona sempre “mais e melhor”. Em jeito de balanço, o presidente elege as visitas às escolas como os melhores momentos à frente do Conselho Geral. 


“São sempre boas surpresas, agrada-me que as pessoas não se limitem às suas funções, querem sempre fazer melhor, por isso cada visita é mais interessante que a anterior”, explica. Luís Valente de Oliveira acrescenta que essa curiosidade “representa a mola do progresso” que a academia minhota tanto ambiciona.



Prémio Mérito Científico para Leandro Almeida

Leandro Almeida, professor catedrático de Psicologia da Educação no Instituto de Educação da UMinho foi distinguido com o Prémio Mérito Científico.


Visivelmente emocionado devido ao reconhecimento perante toda a comunidade académica, o professor recordou um percurso “marcado por algumas dificuldades e produtos interessantes”. Licenciado em Psicologia pela UPorto, confessa que a decisão de “vir para a UMinho valeu a pena”. Aos microfones da universitária, o professor afirma que sentiu “no olhar das pessoas o reconhecimento”, o que o “enche de muita satisfação”. 


Destaque, também, para a distinção do Coro Académico da UMinho, de cerca de 20 trabalhadores da função pública com mais de 30 anos de casa e a atribuição de 230 cartas doutorais a estudantes da instituição.

Áudio:

Declarações dos representantes da Universidade do Minho sobre os 45 anos da academia minhota e do galardoado com o Prémio de Mérito Científico, Leandro Almeida. 

Vanessa Batista
Vanessa Batista

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