Dislexia atinge 10% dos alunos do básico e secundário

No Dia Mundial da Dislexia, assinalado esta quarta-feira, a Dislex – Associação Portuguesa da Dislexia – alerta para o facto de as escolas portuguesas não estarem preparadas para apoiar os alunos que padecem desta disfunção neurológica e chama a atenção para a necessidade de formar os professores.


 “É uma formação generalizada de qualquer professor, com prioridade para os da iniciação”, que devem “identificar, avaliar e intervir”, apontou Helena Serra, presidente da Dislex.


A presidente chama ainda a atenção para “um conjunto de cuidados que qualquer professor, em qualquer disciplina, tem que ter para haver um envolvimento cuidadoso das crianças”.  Helena Serra considera ainda que essa formação dvee ser implementada, desde logo, no percurso académico dos docentes.

A dislexia é uma disfunção neurológica, que se manifesta ao nível da dificuldade da leitura, para distinguir letras, formar palavras e compreender o seu significado.

Por isso, requer um tratamento terapêutico intensivo e apoio no processo de ensino-aprendizagem, para que as crianças consigam ter sucesso.

Helena Serra defende que, sendo detectada “o mais precoce possível, a criança vai desenvolvendo essas habilidades do cérebro e vai, depois, produzir com muito mais facilidade o acto de ler”. Significa isto que, quando há lacunas numa habilidade e a criança faz “exercícios que treinem essa habilidade, ela vai melhorar e todo o processo de leitura vai ser possível com outra facilidade”.

Cerca de 5% dos portugueses sofre de dislexia

Uma em cada dez pessoas no mundo não consegue ler fluentemente e cerca de 5 % da população portuguesa sofre de dislexia.

O Dia Mundial desta disfunção neurológica assinala-se a 10 de outubro e Helena Serra, não esquece a discriminação que sofrem as crianças com esta patologia.  Sendo que, cerca de 10% das crianças do ensino básico e secundário são disléxicas. 

“É uma percentagem bem elevada de crianças que em muitos campos são até dotadas, têm uma criatividade excelente e que, só porque o seu cérebro processa símbolos de uma forma não usual, se veem como que relegadas para segundo plano, como se não fossem cidadãos de pleno direito”, apontou a presidente da Dislex, que defende que “isto tem que acabar em Portugal”. 

Áudio:

Helena Serra, presidente da Associação Portuguesa de Dislexia, fala sobre a necessidade de formação dos docentes para apoiar alunos disléxicos.

Redação
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