Docentes das AEC queixam-se na CMB

Perto de uma dezena de docentes das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) surgiram na reunião de câmara desta quarta-feira, em Braga, para solicitar ao município uma vigilância apertada às empresas a quem foi concessionada esta gestão.
Em causa os valores e horários a que estes docentes estão sujeitos com a privatização deste serviço. Queixam-se de “degradação das condições de trabalho, falsos recibos verdes. Além disso, os docentes avisam que as AEC “não podem ser vistas como uma actividade lúdica”. Há docentes a cumprir horários de cinco horas diárias e a reveber 200 euros mensais. Nesta situação estão “centenas de professores” que consideram agora as AEC não são geridas de forma regulada, ao contrário do passado em que estavam entregues às autarquias.
Na resposta o presidente da autarquia disse estar ao lado dos docentes, mas avisou que está fora de questão resgatar esta responsabilidade. “Ao longo destes anos, quer no período em que a câmara tinha a responsabilidade de contratar esses docentes, quer no período em que eram os agrupamentos que faziam essa contratação, tínhamos uma sucessão de desistências, de abandono dos contratos, de interruptação das actividades que são factor de muito prejuízo para o funcionamento das escolas, para os alunos e para toda a comunidade educativa”, começou por explicar. Ricardo Rio considera que a contratação destas entidades impede que esses problemas se verifiquem, uma vez que “assumem a responsabilidade de, caso um professor desista de prestar um serviço, encontrarem outro que imediatamente possam alocar àquela tarefa”.
Do lado do município, Ricardo Rio aponta que as orientações que recebeu “foi de que os valores que estavam a ser remunerados aos docentes seriam equivalentes ao sistema anterior”. O município terá recebido ainda a indicação de que “há possibilidade de contagem do tempo docente para efeitos de progressão das carreiras”. Estes professores queixam-se ainda de não conseguirem aceder à ADSE, “situações pontuais” que a a autarquia diz que “vai acompanhar”.
