Documentário sobre Moçambique em análise no Museu Nogueira da Silva

O documentário “Moçambique. Sonhos Lúcidos” vai ser analisado este sábado, a partir das 16 horas, na Sala Maria Eugénia do Museu Nogueira da Silva, em Braga. O debate sobre a obra datada de 2016 vai contar com a presença dos seus realizadores, Fernando Almeida e João Campos, e conta com a organização e a moderação de duas investigadoras do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho.
Sheila Khan, co-organizadora, a par de Rosa Cabecinhas, explica que depois de um breve enquadramento e da exibição do documentário, será feito um debate à volta da “relação histórica passado/presente e da responsabilidade histórica e política” que Portugal e Moçambique têm e sobre “como pensar Moçambique em Portugal neste novo presente chamado pós-colonial”.
Sobre o conteúdo, a investigadora refere que o documentário “retrata Moçambique, não só na sua diversidade humana e cultural, mas que parte de uma ideia histórica de Moçambique e como essa ideia está muito relacionada com Portugal, com a colonização e com o cruzamento de culturas, e que se vai expandindo até ao presente.
O epílogo de “Moçambique. Sonhos Lúcidos” é, no entender de Sheila Khan, uma das principais atracções. “O final do documentário é extremamente emocionante e poético. Tem uma mensagem interessante: no meio desta ideia de um pessimismo africano, há um furor, uma energia, uma espécie de um recomeço constante nas pessoas. Isso é uma reflexão visual muito interessante”.
O conteúdo do documentário já originou uma publicação académica internacional, o que, no entender de Sheila Khan, mostra que a obra é também “um material de trabalho muito fértil”.
