Domingos Bragança garante que não desperdiçou dinheiro público no Teatro Jordão

Domingos Bragança garante que não desperdiçou verbas públicas no Teatro Jordão. Em causa, as recentes acusações que dão conta de que o município desperdiçou 800 mil euros na implementação de salas de ensaio destinadas a bandas de garagem no piso térreo do Teatro Jordão e que, agora, foram demolidas.

Os espaços começaram a ser utilizados em 2015 e, menos de três anos depois, foram demolidos.

Perante as acusações, o presidente da Câmara de Guimarães resolveu entregar ontem, a todos os vereadores presentes em reunião de executivo, um documento para refutar as queixas. O documento cita que em 2010 foi encomendado um estudo que viabilizava a implementação das tais salas de ensaio no piso térreo sem colocar em causa a estrutura do edifício. Depois de todos os procedimentos legais, a empreitada arrancou, ficou concluída em março de 2015 e foi aberta ao público em Setembro de 2016. A 8 de Fevereiro de 2016, um parecer técnico do engenheiro Marco Marques concluiu que, afinal, a demolição do edifício seria mais vantajosa do ponto de vista económico, de fiabilidade e durabilidade. A demolição total implicou, assim, a derrocada das salas de ensaio no piso térreo abertas três anos antes.

Na base da demolição está outra obra, a que diz respeito ao restante edifício, que vai servir para a escola de música para a Universidade do Minho e Academia Valentim Moreira de Sá. “O técnico informou que a melhor decisão, do ponto de vista económico e da durabilidade e fiabilidade do edifício, seria a demolição do pré-existente, fazer novas fundações. Assim também se aproveitava mais de metade do valor utilizado no início [na implementação das salas]”, reforçou Domingos Bragança após a apresentação do documento.

Erro anunciado, diz oposição

Os argumentos do autarca não convenceram a oposição. Ricardo Araújo, vereador sem pelouro da coligação Juntos por Guimarães, referiu, após a leitura do documento apresentado pelo presidente de Câmara, que “o relatório é de Fevereiro de 2016” notando que as salas das bandas de garagem “entraram em funcionamento em Setembro de 2016”. “O que se fez foi pôr em funcionamento um equipamento já depois de se ter um relatório que dizia que aquilo ia ser para demolir”, apontou.

Também André Coelho Lima referiu que a implementação das salas destinadas às bandas de garagem “era um erro anunciado”. “Ninguém que esteja a construir uma casa manda fazer a sala de jantar e, passado um ano, manda fazer o resto da casa. Ninguém faz isso com o dinheiro próprio e aquilo que temos de exigir é que, por maioria de razão, não se faça isso com o dinheiro público”.

O investimento nas salas, cifrado em 800 mil euros, foi desvalorizado por Domingos Bragança. “A reabilitação, agora, não traz prejuízo. Podia não dizer nada mas, em nome da melhor solução, não conseguimos evitar o custo entre 100 a 120 mil euros”, completou.

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv