“É importante que Universidades se associem à indústria”

O secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade foi o convidado desta terça-feira das IV jornadas de Materiais da Universidade do Minho, iniciativa promovida pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia de Materiais (NEEMAT), e que decorre até quinta-feira no auditório nobre do campus de Azurém, em Guimarães.


Sob o tema “A Engenharia verde e sustentável”, José Mendes sustentou o seu contributo, aos alunos presentes, no combate às alterações climáticas. O secretário de Estado começou por dizer que a alteração do clima era vista, há uns anos, como um “tema esotérico” e que só agora a sociedade passou a olhar para a questão mais atentamente. José Mendes falou da necessidade de combater já o aumento das emissões de dióxido de carbono, lembrou o Acordo de Paris, e explicou a importância da economia circular.


O secretário de Estado dedicou-se, depois, a apresentar o roteiro para a neutralidade carbónica 2050, um programa desenvolvido pelo Governo que tem o objectivo de comprometer Portugal num país neutro em emissões de gases com efeito de estufa até ao final da primeira metade do século.


No final, José Mendes enalteceu que todos os processos desenvolvidos pelo Governo “têm uma lógica que conduzem à redução de gases com efeito de estufa, de forma a poder ter controlada a neutralidade carbónica”, acrescentando que o objectivo comum é, como estipula o Acordo de Paris, “ter o aumento da temperatura média do globo limitada entre 1,5 a 2 graus centígrados”.


Universidades têm de se associar à Indústria


José Mendes falou também do papel da investigação das Universidades no avanço tecnológico com vista a reduzir o impacte ambiental. O secretário de Estado deu o exemplo da UMinho, que desenvolve “tecnologias e processos que contribuem positivamente para o objectivo da neutralidade carbónica”, salvaguardando, no entanto, a importância de “dar passos decisivos na relação com outras congéneres da investigação de todo o mundo e com a indústria”.


“É importante que a Universidade perceba que ao associar-se à indústria pode fazer chegar os resultados da sua investigação ao quotidiano das pessoas, através de produtos”, atirou.


José Mendes notou, ainda assim, que a relação entre as instituições de ensino superior e a indústria melhorou nos últimos anos: “antes predominava muito uma lógica em que a universidade fazia os seus projectos, sozinha, pegava nos resultados e levava à indústria, hoje é diferente, logo no desenho dos projectos de investigação as universidades e as indústrias estão juntas”. A interacção entre os dois organismos, explicou, “permite que Universidade faça algo onde não é boa, que é perceber com mais detalhe as verdadeiras necessidades da sociedade”.

Áudio:

O secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade fala da necessidade de as Universidades se aproximarem à indústria

Pedro Magalhães
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