“É importante ter uma voz liberal no Parlamento”

O presidente da Iniciativa Liberal, Carlos Guimarães Pinto, acompanhou a cabeça de lista por Braga, Olga Baptista, na apresentação pública da lista. Na sessão que decorreu na arcada, a final da tarde desta terça-feira, Carlos Guimarães Pinto deu nota da aporvação de todas as listas da IL, que, dessa forma, se estreia na corrida à Assembleia da República com candidatos em todos os círculos eleitorais.

“Conformados com a vitória de António Costa andam mais a posicionar-se para serem futuros colegas de coligação do que fazer oposição”

Ainda assim, Carlos Guimarães Pinto diz que “Braga foi o distrito onde foi mais fácil encontrar candidatos”, já que a cabeça de lista, Olga Baptista, que “está no partido quase desde o início”, é alguém “que percebe as pessoas”. “A Olga é uma de nós e é isso que precisamos no Parlamento”, salientou, afirmando que a farmaceutica é uma “candidata fantástica e que levou a IL Braga a dimensões que nao pensavam atingir”.

Carlos Guimarães Pinto espera “eleger um ou dois deputados, incluindo um deputado em Braga”. Optimista com as últimas sondagens que, pela primeira vez, dão indicação de que a IL pode ganhar um assento na Assembleia da República, Carlos Pinto considera que por esta altura “já todos parecem conformados com a vitória de António Costa e andam mais a posicionar-se para serem futuros colegas de coligação do que fazer oposição”. “É importante ter uma voz liberal no Parlamento”, apontou.

IL criou “desprograma eleitoral”

Em exclusivo à RUM, Carlos Guimarães Pinto anunciou uma medida inédita do partido. A Iniciativa Liberal vai apresentar, uma semana depois do programa (previsto para 14 de Setembro), um “desprograma eleitoral”.

“Os partidos apresentam programas eleitorais que visam solucionar um conjunto de problemas criando organismos e taxas. Nós fizemos uma revisão de tudo isso e encontramos organismos duplicados e que não estão a cumprir a missão. Fizemos o nosso desprograma eleitoral, que visa o oposto dos programas eleitorais, ou seja, procurar o que está a mais, que já nao resolve problema nenhum, e retirar da esfera do estado, reduzir os impostos e devolver o poder às pessoas”, detalhou.

“Falta um partido no Parlamento capaz de defender as pessoas”

Para Carlos Guimarães Pinto, o país precisa de “alguém que defenda a liberdade de escolha na educação e saúde, que são serviços que as pessoas pagam, e a redução de burocracias”.

“Falta um partido no Parlamento capaz de defender as pessoas”, acrescentou. O presidente do partido considera ainda que a Il é a principal “adversária da corrupção, querendo devolver o poder às pessoas que está em excesso no Estado”.  “Nós somos a muralha de protecção, em toda a Europa e no país, contra extremismos. Nós somos o garante de que essas ideologias não irão vencer no cemitério do socialismo”, acrescentou.

Já acabeça de lista por Braga, Olga Baptista, salienta a descentralização como uma das prioridades para o distrito, no sentido de “apoximar o poder da comunidade local, dar autonomia aos municípios, para gerir e melhor responder aos cidadãos”. A número um por Braga acha importante “aproximar os partidos da realidade das pessoas e empresas”. Olga Baptista deu ainda como exemplo o Hospital de Braga, que “nos últimos dez anos foi um dos melhores a nível nacional e agora, que passou para a esfera pública, preocupa, pela forma como o Estado gere a saúde pública”.  Libertar os contribuintes da opressão fiscal é outra das medidas.