“É uma missão e não uma mudança de carreira”
Isabel Estrada Carvalhais afirma que o facto de ser a terceira eurodeputada minhota no Parlamento Europeu não faz com que exista qualquer competição. A independente que concorreu pelo Partido Socialista chega a Bruxelas depois do desaperecimento precoce de André Bradford. A tomada de posse aconteceu no início desta semana.
Em entrevista à RUM a partir de Estrasburgo, a também docente da UMinho reafirma que este novo desafio “é uma missão e não uma mudança de carreira”. Ao serviço dos cidadãos portugueses e europeus, Isabel Estrada Carvalhais assume que o distrito de Braga e o Minho “serão sempre uma preocupação” ao longo do mandato.
Lamentando as circunstâncias que a fizeram integrar o Parlamento Europeu, a nova eurodeputada da ala socialista admite que “nada acontece por acaso na vida”, uma vez que durante a campanha sublinhou que “não gostava que caracterizassem a ruralidade do distrito de Braga como negativa”. Agora que está integrada nas comissões de Agricultura e Pesca, a eurodeputada minhota vinca que a ruralidade “é uma característica que não tem que ser má”, mas sim acompanhar os novos paradigmas de desenvolvimento sustentável, através do mundo agrícola até porque a agricultura “integra modos e culturas de vida que devem ser respeitados”. A independente aponta também que ao longo do mandato vai “aprofundar muito mais o contacto agrícola no distrito, junto das populações e interlocutores mais interessados”.
José Manuel Fernandes (PSD) e Nuno Melo (CDS-PP) estão no Parlamento Europeu há mais que um mandato. À RUM, Isabel Estrada Carvalhais assegura que “não corre atrás de ninguém”, reconhecendo que cada um tem o seu papel, a sua função e o seu percurso, e que “o que interessa é um trabalho sério, consistente no dia-a-dia, procurando dar visilidade ao que se faz porque há muita coisa relevante que a opinião pública não tem percepção”.
“Estamos aqui para reforçar a presença do Minho no Parlamento Europeu, mas somos por todos os cidadãos portugueses”, rematou.
