EEG pode liderar experiência piloto dentro da UMinho

A Escola de Economia e Gestão (EEG) pode vir a liderar uma experiência piloto dentro da Universidade do Minho no que toca a um novo modelo de autonomia das unidades orgânicas. A garantia foi deixada pelo reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, na cerimónia dos 37 anos da EEG, esta segunda-feira. 

Depois do seu discurso e em declarações à RUM, o reitor não adiantou pormenores sobre a possibilidade referindo apenas que a comunidade académica precisa de entender que as escolas “são bastante diferentes entre si” existindo por isso “alguns desequilíbrios dentro da própria Universidade”. “As soluções não podem ser soluções para todos”, defendeu, acrescentando que a EEG “pela sua natureza encontra-se particularmente bem posicionada para servir uma espécie de experiência piloto para se repensarem novos níveis de autonomia das unidades orgânicas da Universidade do Minho”.

Nos últimos quatro anos, nos três ciclos, a escola conseguiu captar mais 220 estudantes, sendo que no presente ano lectivo foram mais de 80.  O presidente da EEG, Francisco Veiga, avançou que o grande objectivo passa por conseguir a acreditação da escola para aumentar o número de parcerias com academias europeias. A escola recebe até esta quarta-feira, 13 de Março, uma comitiva de avaliadores.

“Conseguindo a acreditação isso facilitará a criação de parcerias internacionais. Temo-nos confrontado com alguma dificuldade de estabelecer parcerias de intercâmbio de estudantes ou de criação de graus comuns com universidades que estão acreditadas”, explicou, acrescentando que na área da gestão este “começa a ser um selo de qualidade absolutamente essencial para a afirmação internacional”.

Recorde-se que no ano passado a EEG conseguiu financiamento para sete projectos, um deles na área da economia que estuda os determinantes da produtividade, “um tema bastante importante na nossa economia”, especificou. O projecto está a ser desenvolvido por investigadores da EEG da UMinho e de outras universidades. “Pretende desenvolver um estudo muito abrangente sobre os principais determinantes da produtividade e da forma como se pode incrementar a produtividade da economia portuguesa”, referiu Francisco Veiga.

Rui Vieira de Castro vê a acreditação com bons olhos, considerando que é um sinal “de grande confiança na capacidade da escola”, mas defende também que essa acreditação internacional “garantirá um posicionamento diferente da EEG naquilo que é o panorama das escolas de economia e gestão em Portugal e na Europa”. O reitor acredita também que a partir daqui a EEG ficará “mais apta a captar melhores estudantes, estudantes internacionais e a reforçar a actividade de investigação”.

Quanto às necessidades ao nível das infra-estruturas na Escola de Economia e Gestão, o reitor assegurou que os mesmos “estão identificados” e serão resolvidos em definitivo este ano. Estes são problemas de climatização. No que toca às ambições da EEG de tornar a formação de executivos cada vez mais central na escola, devido aos públicos que atrai, requer condições específica, porém o reitor declara que “não serão concretizadas a curto prazo”.  

“O Futuro do Trabalho e o Imperativo do Crescimento”

A cerimónia dos 37 anos da Escola de Economia e Gestão da UMinho contou com a presença do presidente da Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, que dirigiu uma palestra sobre o futuro do trabalho. 

Para o presidente é fundamental que as “políticas públicas, empresariais e as universidades” promovam respostas. Reconhecendo que a UMinho tem, ao longo dos anos, realizado um trabalho “notável” no que toca à adaptação dos currículos e criando uma formação cada vez mais adaptada aos tempos de hoje.