EEUM de olhos postos nas Ciências de Dados e na Eng. Aeroespacial

A celebrar 45 anos, a Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) tem os olhos postos no futuro. A ambição passa por incluir na oferta formativa da escola, no prazo de quatro anos, o curso de Engenharia Aeroespacial e de Ciência de Dados.
Quanto à área aeronáutica, afirmou o presidente da EEUM, Pedro Arezes, “é um desfio de médio/longo prazo”, sendo expectável que “no período de 3 ou 4 anos se venha a estabelecer uma oferta mais estruturada nesse domínio”. Já sobre a Ciência de Dados, Pedro Arezes diz tratar-se de “uma área transversal e multidisciplinar, que abrange a economia, gestão, ciências, matemática, direito e sociologia”, por isso, será “um projecto verdadeiramente da UMinho”, sendo que a EEUM está disponível para se “afirmar nesse domínio”.
Pedro Arezes faz ainda um “balanço marcadamente positivo destes 45 anos, de afirmação do projecto UMinho, que está intrínsecamente ligado ao projecto da Escolas de Engenharia”. “Criatividade” é, segundo o presidente da EEUM, “uma marca indelével da escola”, que, “embora tenha uma ambição de âmbito nacional e internacional, está assente e com muita ligação aos dois polos a que está ligada: Braga e guimarães”. “Foi uma aposta ganha neste 45 anos”, disse ainda Pedro Arezes.
Presente na cerimónia de aniversário esteve o ministro da Ciências, Tecnologia e Ensino Superior, que falou, sobretudo, em “confiança no futuro”. “O que se espera é uma reforma e modernização grande do ensino da engenharia e da oferta curricular. Vivemos em tempo de rápida mudança e da transição do digicital, com cada vez mais desafios importantes para a neutraldiade carbónica e isso passa também por uma mudança radical da oferta da engenheria”, afirmou o ministro. Manuel Heitor resslavou ainda “a qualidade e excelência a que a EEUM habituou”, esperando que a escola da UMinho “seja dinâmica e pró-activa a dar o exemplo na modernização do ensino da engenharia em Portugal”.
Já o reitor da academia minhota considera que a “busca de uma educação de qualidade, de uma investigação de ponta, uma grande capacidade de atracção de projectos com financiamento, uma contínua articulação com o tecido económico e social são características que se encontram na escola e testemunham uma enorme vitalidade, que tem expressão nesta atenção às novas áreas que vão emergindo”. Quanto à Engenharia Aeroespacial e à Ciência de Dados “se forem devidamente exploradas vão traduzir-se no reforço da escola de Engenharia e da UMinho”, apontou Rui Vieira de Castro.
EEUM vai contar com 13 concursos para progressão de professores
Entre os desafios que a Escola de Engenharia, Pedro Arezes salientou duas, cuja resolução “é prioritária”, denotando “empenho institucional para a resolução dos mesmos”.
“O rejuvenescimento do corpo docente” é uma das prioridades, já que uma grande parte dos professores está na Escolas “desde o início”. Já no que diz respeito ao “corpo de funcionários, técnicos, administrativos e de gestão é, sobretudo, uma questão de reconhecimento e promoção do mérito”.
Na resposta aos apelos deixados pelo presidente da EEUM, Rui Vieira de Castro lembrou que “foi aberta uma possibilidade de promover a abertura de um conjunto de concursos, 40 no total, para a promoção de professores da UMinho”.
“O estatuto de carreira docente obriga a que haja uma percentagem de professores nas categorias de topo da carreira. Por razões que se prendem com as dificuldades financeiras, não foi possível abrir o número possível de concursos que permitisse uma rápida aproximação a esses valores. Este ano, ficou aberta essa possibilidade, que permite que tenha sido recentemente decidida pela Universidade a abertura dos concursos, 13 dos quais respeitantes à Escola de Engenharia”, acrescentou.
