Empresários bracarenses preocupados com a greve dos motoristas

Os empresários bracarenses estão preocupados com a possibilidade de haver greve dos motoristas (agendada para segunda-feira). Quem o garante é Rui Marques, director-geral da Associação Comercial de Braga (ACB). O responsável revela que, nos últimos dias, a associação que representa a economia bracarense tem recebido manifestações de preocupação pela parte dos empresários.
Rui Marques sublinha que as empresas estão contra a greve e revela que os sectores mais apreensivos são o “hoteleiro e o industrial”. “As pessoas estão muito preocupadas com o facto de terem que parar as suas produções ou de piorarem a qualidade dos respectivos serviços”, refere, acrescentando que “há uma preocupação significativa com a indústria”, visto que “os processos produtivos dependem dos combustíveis”. Os hoteleiros, revela, estão apreensivos, “sobretudo aqueles que têm hotéis que funcionam com aquecimento a gás”.
O responsável não adianta com números mas garante que, caso a greve avance, os prejuízos no sector económico podem chegar aos “milhões de euros em curto espaço de tempo”. “Isso é garantido e espero que essa tragédia não se verifique”.
Rui Marques entende que é necessário assegurar serviços mínimos na região e não apenas em Lisboa e no Porto, lembrando que a greve prejudica “cidadãos e empresas de todo o território”. “É preciso acautelar os serviços mínimos não só na gasolina e no gasóleo mas também no gás”, alerta ainda.
O director-geral da ACB revela que os empresários da região “estão desanimados pela falta, muitas vezes, de seriedade de quem recorre à greve”. “Compreendo que vivemos num estado de direito e democrático mas é preciso criar mecanismos para que o país não fique refém de alguns grupos”, completa.
O Governo já anunciou serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas. Um total de 320 postos vão estar abertos ao público em geral. Cada automobilista tem um volume máximo de abastecimento, que será de 15 litros.
