Escola Superior de Enfermagem. 106 anos com novos projectos

A Escola Superior de Enfermagem (ESE) comemorou esta segunda-feira 106 anos de existência, 14 deles integrados na Universidade do Minho. Referência a nível nacional, a ESE tem visto crescer o seu número de licenciados e mestrados, fruto deste prestígio.
Ana Paula Macedo, Presidente da Escola Superior de Enfermagem, falou no seu discurso de algumas das metas para os próximos anos, que passam por organizar mais eventos científicos, aumentar o número de artigos publicados e marcar de forma mais assídua presença a nível internacional.
A mobilidade de alunos e docentes para locais como Madrid, Tóquio ou Colômbia foi outro dos pontos sublinhados. Um fenómeno que “tem vindo a enriquecer não só os participantes como a própria Academia”.
Também o Reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro salientou a qualidade do curso dentro e fora de portas, referindo os passos dados nos cursos pós licenciatura e no ensino à distância.
Novos Projectos financiados por fundos europeus
A Escola Superior de Enfermagem (ESE) vai desenvolver este anos vários projectos, dois deles financiados pelo fundo Europeu Norte 2020. Fruto de uma parceria com a Escola de Computação Gráfica, esta iniciativa tem como objectivo prevenir a queda de idosos que vivem sozinhos. Um desafio actual na saúde devido ao número crescente de idosos no nosso país. Já o segundo projecto está ligado à saúde mental.
O Reitor da UMinho abordou ainda a parceria nos mestrados entre a academia minhota e as Universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas relembrou que é necessário pensar noutras possibilidades como a inserção no Consórcio das Universidades UNorte.pt. Referindo o exemplo do trabalho que está a ser realizado com a Escola de Enfermagem de Coimbra, “a sustentação de uma candidatura à avaliação de unidades de investigação pela FCT, é um cenário muito interessante explorar”, sustentou, acrescentando que é fulcral no nosso país “realizar investigação na área da enfermagem”.
Problemas nas novas Instalações da ESE, no campus de Gualtar
Rui Vieira de Castro admitiu que existem vantagens e desvantagens na deslocação da ESE para o campus de Gualtar. Apesar de reconhecer que alunos e docentes estão mais integrados na comunidade académica, as condições ainda se encontram aquém “daquilo que é ambicionado”.
Ana Paula Macedo, por sua vez, relembrou que esta “é uma escola prometida” desde 2004. Apesar de descrever a situação actual como “razoável”, não esconde que “são necessários laboratórios com mais condições para leccionar”.
Articulação da ESE com a escola de Medicina
A articulação da Escola Superior de Enfermagem com a Escola de Medicina, duas áreas de referência da UMinho que aliam forças, é uma das novidades. “Não é compreensível que dispondo nós de uma Escola de Medicina e Enfermagem, não exista espaços de cruzamento de objetivos e projectos na unidade da saúde”, reiterou Rui Vieira de Castro. “Assim estamos a garantir, de uma forma mais efectiva, a integração da ESE na realidade da Universidade do Minho”, explicou, lembrando que já existe trabalho neste sentido e “alguns resultados positivos”.
Áudio:
Presidente da Escola Superior de Enfermagem, falou sobre os dois projectos desenvolvidos com fundos europeus. Reitor da Uminho deixou uma palavra de compromisso
