Está à vista um novo hotel de grande dimensão em Braga

Poderá nascer em Braga mais uma unidade hoteleira de grande dimensão. Com uma área de mais de 15 mil metros quadrados, o novo hotel poderá vir a ser constituído por oito pisos. Os terrenos localizados entre a Avenida António Palha e a D. João II são destinados a equipamento e são propriedade da Sweet Tropic Imobiliária, Lda e o pedido de informação prévia foi hoje submetido a reunião de câmara. 


O município entende que naquela área do concelho se enquadra a instalação de mais uma unidade hoteleira. No decorrer da reunião do executivo, o autarca Ricardo Rio reconheceu a falta de capacidadade da cidade de Braga face ao aumento da procura, e foi mais longe afirmando que “em 2018 seriam bem necessários” mais hotéis. Além disso, “vários grupos hoteleiros têm procurado a cidade de Braga e em 2019 várias unidades hoteleiras vão entrar em funcionamento”, garantiu.

Na oposição, os dois partidos reconhecem o crescimento do número de turistas na cidade de Braga, mas levantam questões sobre a localização do novo hotel.

Na opinião do vereador da CDU ficará muito próximo do Meliã e do Hotel de Lamaçães. “Braga tem visto aumentar a procura, mas da mesma forma que o requerente justifica a necessidade de instalação de uma unidade hoteleira com a proximidade da Universidade do Minho e do INL, temos que olhar dentro desse mesmo perímetro à existência ou não de outras unidades hoteleiras, e desde logo temos aquela que oferece o maior número de serviços na área do concelho”, defende Carlos Almeida.

O vereador da CDU alerta também para o cumprimento das regras do PDM. Na área utilizada para construção, o PDM exige uma cedência de 30% para áreas verdes e de 20% para equipamentos de utilização colectiva. No entanto, o requerente propõe a redução destas áreas sustentando que em tempos cedeu terrenos para a construção da variante. Aí, os técnicos da CMB sugerem que o acerto seja feito pelo pagamento do valor de terreno e não por diminuição das áreas de cedência ao domínio público. Carlos Almeida diz estar “plenamente de acordo” com a proposta dos técnicos da autarquia e promete atenção ao desenrolar deste processo.

Já os vereadores do Partido Socialista alertam para a sensibilidade daquela zona da cidade. Artur Feio sugere um planeamento tendo em conta o aumento de tráfego automóvel. “É uma unidade hoteleira que vai ter muita entrada e saída de tráfego e se queremos tráfego mais reduzido não podemos ao mesmo tempo potenciar esse tráfego automóvel”, começou por referir. Recorde-se que aquela é uma zona cada vez mais utilizada para os amantes das caminhadas e corridas, mas também para os ciclistas.

Apesar do reparo, os socialistas concordam com a necessidade de mais hotéis no concelho. “Braga tem potencial de crescimento turístico, e portanto tem capacidade para acolher novas unidades hoteleiras”, começou por referir Miguel Corais, apontando que com um Parque de Exposições de Braga renovado e “um projecto funcional na atracção de grandes eventos e congressos será fácil perceber a necessidade” de mais unidades hoteleiras.

Também na reunião de câmara desta manhã, o presidente Ricardo Rio assumiu o “défice de camas face à procura já em 2018”, antecipando que em determinadas alturas da Cidade Europeia do Desporto terão de recorrer a unidades hoteleiras de concelhos vizinhos. Com vários grupos apostados em investir na cidade de Braga, o autarca afirmou que “em 2019 várias unidades hoteleiras vão entrar em funcionamento”.

Áudio:

Vereadores da CDU e PS reconhecem crescimento do turismo na cidade, mas alertam para localização da unidade hoteleira

Elsa Moura
Elsa Moura

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