Está aí o Dobra, festival de cinema documental de Braga

Braga vai receber um festival de cinema documental destinado ao público escolar nos dias 25 e 26 de Novembro. “Dobra” é o nome do evento que vai ocupar o Espaço Vita nas duas datas assinaladas, numa iniciativa promovida pela equipa do Plano Nacional de Cinema do Agrupamento de Escolas Carlos Amarante, em colaboração com o Espaço Vita e mecenato do dstgroup.
O programa do “Dobra”, que é da responsabilidade do Porto Post/Doc, apresenta 22 filmes ao longo dos dois dias, todos com o objectivo de chegar aos 3600 alunos das escolas do concelho de Braga e pretendendo capacitar os estudantes no modo de “ver, observar e sentir as imagens e o cinema”, como deu conta esta tarde na apresentação do festival, que decorreu no Espaço Vita, Dario Oliveira, director do Porto Post/Doc.
A programação do festival é dividida para as diferentes idades escolares. No dia 25, estão previstas sessões destinadas aos alunos do 2º ciclo e que incluem filmes como “The Bird and The Whale”, de Carol Freeman, ou “VivatMusketeers!”, de Anton Dyakov. Para os alunos do 1º ciclo, e no mesmo dia, estão previstas obras como “SamsDream”, de Nolween Roberts, ou “Sloth”, de Julia Ocker.
No dia seguinte, para estudantes do 3º ciclo, o Porto Post/Doc apresenta “Viagem a Cabo Verde”, de José Miguel Ribeiro, ou “Gambozinos”, de João Nicolau, entre outros. No dia 26 está também agendada a exibição do filme “Hamada”, de Eloy Domínguez Serén, numa sessão destinada ao público em geral.
Uma programação idealizada para “os miúdos descobrirem que há outros autores, de outras proveniências”, referiu Dario Oliveira, que lamentou a sobre-exposição do público mais novo “ao entretenimento actual” que grassa na maioria das salas de cinema do país, nomeadamente aquelas que se encontram nas grandes superfícies comerciais.
“A programação aponta àquilo que se perdeu no cinema de entretenimento, que tem de ser sempre espectacular ou meter medo”, apontou. O responsável assinalou ainda que o festival Dobra pode ser “um case-study no futuro”, visto que pode alargar-se a outros pontos do país.
O mesmo entendimento teve Hortense Santos, directora do Agrupamento de Escolas Carlos Amarante, que ressalvou que o festival Dobra faz parte da vontade em educar através do cinema. “A formação tem de ser cada vez mais abrangente, e temos a preocupação de formar cidadãos activos e interessados. Há que criar público para o cinema”, enfatizou.
O dstgroup é mecenas na primeira edição do Dobra. José Teixeira, presidente do Conselho de Administração, revelou que a sua empresa quer investir cada vez mais “na educação do público jovem” e assinalou que, depois de apoiar disciplinas artísticas como a dança, a literatura ou o teatro, “faltava o cinema”. No mesmo espírito falou o padre Tiago Freitas, da direcção do Espaço Vita, que lembrou que o espaço tem acolhido teatro e música e agora, com o convite do dstgroup e do Agrupamento de Escolas Carlos Amarante, “não podia recusar a vinda do cinema”, completou.
