Estacionamento. Oposição acusa Ricardo Rio de falha de compromisso

O executivo municipal de Braga aprovou ontem o alargamento de ruas de estacionamento cobrado à superfície. A decisão originou várias críticas por parte dos vereadores do PS e da CDU que consideram que a medida comprova uma quebra de compromisso da coligação Juntos por Braga com o eleitorado.
“É bom recordar que em 2013 uma das primeiras medidas desta maioria foi a revogação de uma deliberação ainda do PS sobre o alargamento a mais 27 ruas. Agora, passados seis anos, esta maioria decide a inclusão de dezassete dessas ruas para estacionamento pago. Há uma mudança objectiva. Os argumentos são tão válidos como aqueles que foram usados há seis anos. Não está em causa a utilização dos parquímetros, está um compromisso político que é quebrado com os cidadãos e com os eleitores”, defendeu Carlos Almeida, vereador da CDU.
Os socialistas assinalam que se trata de um “regresso ao passado”. Artur Feio entende que é um reconhecimento político de que a melhor opção seria sempre o alargamento das ruas que o PS já defendia no passado com Mesquita Machado à frente do município. Os vereadores do PS falam numa “alteração cabal da posição política de Ricardo Rio que em 2013 fez desta questão um argumento político na campanha eleitoral”.
Já o presidente do Município justifica a taxação destas novas ruas com “a reivindicação de moradores, de comerciantes, da junta de freguesia e da ACB numa óptica de melhor promoção da mobilidade e acessibilidade nessas zonas”. Trata-se de uma extensão de perto de 500 lugares, mas o autarca lembrou que com o alargamento da concessão feito pela gestão de Mesquita Machado, a cidade de Braga teve cerca de 3 mil lugares de estacionamento cobrado à superfície. Agora serão 1897.
A Câmara Municipal de Braga vai alargar os parquímetros a 9 novas ruas, passando a ser 44 as ruas de estacionamento pago à superfície. O executivo decidiu também alterar, com o voto contra de toda a oposição, os estatutos da empresa municipal Transportes Urbanos de Braga (TUB), à qual caberá a fiscalização dos agora 1897 lugares de estacionamento pago à superfície, que se espera que gerem 500 mil euros por ano. A receita será canalizada precisamente para esta empresa municipal.
