Europeias. Nuno Melo desvaloriza sondagens

Barcelos foi a cidade escolhida para novo dia de campanha do CDS. Na feira semanal, Nuno Melo, acompanhado de outras figuras dos centristas como Pedro Mota Soares ou Telmo Correia, ouviu os feirantes e apelou ao voto centrista.
O cabeça-de-lista às europeias escutou as queixas de feirantes e transeuntes – na sua maioria idosos – e ia respondendo que o CDS representa a “alternativa” mais credível ao país. No final da visita, o cabeça-de-lista aproveitou a ocasião para falar da actualidade. O centrista comentou a sondagem da TSF/JN hoje divulgada e que aponta para um resultado aquém das expectativas para o CDS. A sondagem mostra que os centristas colhem 6,7% das intenções de voto, o que representa a eleição de apenas um deputado.
Melo começou por dizer que “por um exercício de sanidade mental”, recusa-se “sempre a comentar sondagens”, mas acabou por referir que o CDS não desvaloriza as sondagens, socorrendo-se de 2009, ocasião em que os centristas elegeram dois deputados no Parlamento Europeu.
“Vemos e sentimos o que se passa na rua e hoje as pessoas assumem, em frente à comunicação social, que vão votar CDS. Em 2009 não o faziam. Se tenho termo de comparação é a eleição de 2009 – em que nos candidatamos sozinhos – e hoje somos muito mais reconhecidos”, enfatizou, antes de deixar críticas ao Governo.
Melo acusou o executivo de António Costa “de esconder” as cativações “por razões eleitorais”. O candidato ao Parlamento Europeu assinalou que o CDS denunciou “há muito o estado catastrófico do Serviço Nacional de Saúde e o estado miserável da ferrovia”.
“Tudo serviços públicos que não são geríveis com ideologia e que precisam de recursos. No meio de tanta propaganda, de tanta publicidade enganosa, temos um Governo que retém a publicação de um decreto-lei por uma razão que é óbvia: quer esconder as cativações que aí vêm e que só quer que sejam conhecidas depois das eleições”, deixou.
Nuno Melo prosseguiu o rol de acusações e sublinhou que o Governo “vende a conversa da devolução de rendimentos às famílias” e deixou um exemplo de um caso conhecido durante a arruada em Barcelos.
“Hoje, em Barcelos, repetiu-se um caso de uma pessoa que, com 70% de incapacidade, submeteu uma junta médica em 2016 e foi-lhe declarada a incapacidade: desde esse ano aguarda que lhe seja atribuída a pensão”, anunciou, acrescentando que o caso, como outros, “devia merecer a sensibilidade de um Estado que sabe que, quando os salários e as pensões são muito baixos, devia comportar-se como pessoa de bem”.
Áudio:
Nuno Melo esteve esta manhã em Barcelos
