Famalicão aposta no acesso pleno ao desporto

O concelho de Famalicão quer todos os jovens carenciados a praticar desporto. O município formalizou esta sexta-feira um protocolo com quarenta entidades desportivas, mas assumiu o objectivo de convencer as restantes, independentemente da modalidade desportiva a contribuirem com a isenção de pagamento de inscrições para a frequência nas respectivas modalidades. Um trabalho que será desenvolvido em articulação com os serviços sociais camarários, no levantamento de crianças carenciadas. “A criança será integrada na modalidade que pretende, num trabalho de parceria”, começou por explicar o vereador com o pelouro do desporto e associativismo, Mário Passos.
Pretende-se que a cota atinja os 10 por cento da totalidade de jovens a praticar desporto em cada clube.
A cota social desportiva é válida por três anos e tem como objectivo integrar crianças e jovens até aos 18 anos de idade, sem condições financeiras e socialmente vulneráveis, nas atividades desportivas promovidas pelas associações e coletividades do concelho.
O autarca Paulo Cunha considera que o protocolo assinado esta manhã “é a cara de Famalicão”.
Reconhecendo que as fragilidades sócio-económicos “afastam algumas famílias da prática de uma modalidade desportiva”, o presidente de Vila Nova de Famalicão referiu que o município “quer ultrapassar essa barreira” e “chegar aos 100% de jovens a praticar desporto”. Segundo o protocolo, a criança poderá escolher a modalidade, independentemente de estar ou não na freguesia onde reside.
“Famalicão quer eliminar muros e barreiras”, diz Paulo Cunha
O autarca social democrata reafirmou a preocupação com a promoção de hábitos de vida saudáveis associados à prática desportiva, apontando que estes são também caminhos para a integração activa de todos, sem excepção, na sociedade. “Este protocolo é o começo de um percurso que eliminará muros e barreiras”, disse.
Dos protocolos assinados esta sexta-feira constam 25 modalidades diferentes, onde se incluem, além do futebol e futsal, voleibol, ténis, natação, artes marciais, atletismo, hóquei, dança e ainda modalidades desenvolvidas especificamente com as pessoas portadoras de deficiência.
Segundo o autarca, para além da frequência gratuita por parte de jovens carenciados, o objectivo passa por criar parcerias com empresas no sentido de assegurar os equipamentos necessários para a prática de qualquer modalidade: “É óbvio que se conseguirmos outro tipo de apoios, é indiscutível que é bem vindo. Este processo está hoje a começar, nós queremos fazer o arranque do processo para que ao longo da sua vida ele vá ganhando cada vez mais adeptos. É inegável que, provavelmente dentro de alguns meses, estaremos numa outra circunstância qualquer a fazer um protocolo com entidades ou com empresas que fornecem equipamento desportivo para que essas crianças e jovens tenham acesso a esse equipamento desportivo”, admitiu.
