Famalicão. Requalificação da EN 14 vai avançar em 2018

A Infraestruturas de Portugal (IP) vai avançar com a requalificação da Estrada Nacional 14 (EN 14), em Famalicão. O contrato para o início da empreitada entre Famalicão e o lugar de Santana, na freguesia de Ribeirão, foi assinado, esta tarde, pelo presidente da IP, António Laranjo e pelo presidente da empresa ABB, que está encarregue da construção. Com um valor de 3,3 milhões de euros e com um prazo de execução de 330 dias, a obra premite o alargamento da plataforma para 2×2 vias com separador central, reabilitação do pavimento, construção de passeios para peões e instalação de semáforos. A IP espera o despacho favorável do processo de licenciamento ambiental para a construção da rotunda de Santana.
Segundo o ministro das Infraestruturas e Planeamento, Pedro Marques “a obra tem arranque previsto para o início do próximo ano, devendo ficar concluída durante o primeiro trimestre de 2019”. Pedro Marques referiu, ainda, “que uma alternativa à EN 14 era uma necessidade há muito identificada pelo governo, que vem melhorar as condições de acesso, sobretudo às zonas empresariais”. Com um salão nobre da câmara municipal de Famalicão repleto de empresários, Pedro Marques garantia que uma das principais intenções do Governo é “continuar a melhorar as condições das empresas em Portugal” e que “o investimento público faz sentido quando dá apoio ao investimento privado”. Da parte do ministro, uma garantia: “prioridade ao investimento empresarial”.
As entidades envolvidas pretendem que a variante seja elo de ligação entre Famalicão e a cidade da Maia, mas para isso é necessário “tratar de algumas questões ambientais sensíveis”. Na fronteira de Ribeirão com a Trofa, o Rio Ave impossibilita uma construção mais célere da variante que deverá fazer ligação entre Famalicão e Maia. As obras na EN 14 surgem no âmbito do Programa de Valorização das Áreas Empresariais, iniciativa onde serão investidos cerca de 100 milhões de euros por parte do governo. Estima-se que, por dia, o tráfego automóvel naquela estrada ultrapasse os 25 mil veículos, onde também há uma regular circulação de transportes pesados.
“Hoje é um dia nobre”. O presidente do município, Paulo Cunha iniciou o seu discurso desta forma. Há 25 anos que dura o desejo de criar uma alternativa à EN 14. “Finalmente”, começa a solucionar-se “um problema que terá repercussões positivas na economia nacional”. Até porque devido à presença de empresas como a Continental e a Leica, em Lousado, a via de acesso terá “impacto positivo no sector empresarial” dessa zona.
Terminal rodoferroviário para aliviar a rodovia e carregar a ferrovia
António Laranjo vê com agrado a proposta do município de Famalicão, que sugere a construção de um terminal rodoferroviário. O objectivo passa por “aliviar as estradas, retirando-lhes os veículos pesados”.
“Há uma proposta de protocolo que a câmara municipal enviou à IP, onde os termos propostos foram aceites” assegura, Paulo Cunha. O presidente quer ver o “transporte de mercadorias a ser feito de comboio”. “Há mais de quatro anos que o município procura criar condições para a criação de um terminal rodoferroviário”. A ideia passa por “libertar a rodovia e carregar um pouco mais a ferrovia, até por razões económicas, sociais e ambientais”.
Áudio:
Pedro Marques sobre a necessidade de “acabar com os problemas” da EN 14
