Famalicão tem o único Labirinto das Artes do país

Labirinto das Artes. É este o novo espaço de Famalicão, único no país, que mistura lazer com aprendizagem. Localizado na Quinta d’A Casa ao Lado, em Requião, o espaço foi inaugurado esta segunda-feira pelo presidente da autarquia, Paulo Cunha.

Numa viagem no tempo, durante cerca de duas horas, os visitantes podem percorrer dez salas. A viagem começa na sala do Paleolítico, passa para a Idade dos Metais, Antigo Egipto, Grécia Antiga, Império Romano, Idade Média, Renacimento, Neoclassicismo, Impressionismo e termina nos Movimentos Artísticos do Século XX.

Durante o percurso, não há luz, apenas a ajuda de uma pequena candeia, e as paredes contam a história. Acompanhados por uma guia ou um audioguia, os visitantes vivem in loco uma verdadeira aula de história. Por isso mesmo, um dos principais públicos-alvo são as escolas.

O percurso criativo termina com oficinas práticas, dedicadas, todos os anos , a uma sala diferente. Até Abril de 2020, as oficinas centram os trabalho no Paleolítico, focando-se na “cravação, pintura mural, pirogravura ou linogravura”, explicou Joana Brito, d’A Casa ao Lado.

“É uma educação artística ao nível da evolução para todo o trabalho da Casa ao Lado que é feito noutros locais”, afirmou a responsável.

De uma forma geral, contou Joana Brito, “o objectivo é passar a evolução do homem ao nível do grafismo, passando por varias épocas até ao mundo de hoje”. “Termina mesmo numa cravação da técnica do artista Vhils, a nível de cravação na própria pedra, que teve o início igual no Paleolítico só que a ferramenta era diferente. Enquanto agora são máquinas pneumáticas, eles usavam o pau”, exemplificou Joana.

No fundo, esta viagem histórica e lúdica no tempo permite “mostrar às crianças que o que se faz agora já se fazia há milhões de anos, mas de forma diferente”.

No entanto, esta visita pelo Labirinto das Artes não é a única actividade que a Quinta reserva.

Dentro de um mês o espaço vai contar com uma cafetaria, que pretende convidar a momentos de lazer, e, eventualmente, usufruir de uma oficina livre. “Nós vamos ter outras oficinas no exterior e no laboratório 2 e 3”, acrescentou a responsável.

A propósito do Roteiro pela Inovação, Paulo Cunha visitou o Labirinto, que considera ser “um percurso que permite, de uma forma criativa, criar condições para que as crianças possam ter uma percepção mais rigorosa de um conjunto de factos históricos”.

O edil considera o Labirinto “um verdadeiro complemento daquilo a que chamamos o projecto educativo concelhio”.

“Ficamos muito satisfeitos por ver a Casa ao Lado que tem uma relação muito forte com o que de muito bom tem acontecido nos últimos anos no concelho e têm novas soluções que engrandecem muito a resposta educativa e cultural do concelho de Famalicão”, acrescentou.

Único no país, este labirinto, frisa Paulo Cunha, é “uma ferramenta muito valiosa para que Famalicão seja polo de atracção para que comunidades exteriores visitem e frequentem o concelho”

“Dá-nos uma centralidade educativa e cultural que registamos com muito apreço”, afirmou.

As visitas podem ser feitas em grupo ou de forma individual. Até aos dois anos, a entrada é gratuita Entre os 3 e os 18, estudantes e séniores custam 10 euros, para adulto o preço é 12 euros.

Os grupos, com no mínimo 10 pessoas, entram por 8 euros. Já o dia completo, com visita e 3 oficinas custa 25 euros.

Além da visita, inclui-se no preço a revista pedagógica.

Até Dezembro a Casa ao Lado espera receber 2.500 visitantes.

O Labirinto pode ser visitado de terça a sábado, entre as 9 e as 18 horas, em Requião.

Ao longo de 10 salas, o projeto “Labirinto das Artes”, um Centro Interpretativo de Grafismo com conteúdo educativo, convida os visitantes a dar a “volta ao mundo” da História do Grafismo, através de um percurso em forma de labirinto criativo que proporciona uma viagem por diferentes épocas – desde a arte rupestre até à arte do século XXI –, conhecer costumes e descobrir técnicas guardadas como segredo durante séculos.