Fenprof ameaça com nova greve no 3º período

Está prestes a esgotar-se a margem de manobra conquistada pelo Ministério da Educação com a assinatura, em Novembro, de uma declaração de compromisso com os sindicatos de professores. 

A falta de avanços negociais, em particular nos temas do reposicionamento nas carreiras e da recuperação do tempo de serviço congelado, está a criar um mal-estar que a generalidade das organizações do setor já não esconde. 

Em declarações ao DN, Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), avisa que se as coisas não mudarem rapidamente as greves e as manifestações deverão estar de volta já no terceiro período. “A nossa opinião é de que o Ministério da Educação, neste momento, está a usar uma estratégia que é adiar as negociações”, disse .

“A declaração de compromisso de Novembro foi muito importante”, ressalvou. “O que estava para ficar estabelecido antes dela”, recordou, “era que não havia recuperação nenhuma do tempo de serviço dos professores e que os professores retidos no 1.º escalão teriam um reposicionamento ao longo de dois anos, tendo-se definido que esse reposicionamento terá efeitos [retroativos] a 1 de Janeiro de 2018.”

No entanto, acrescentou, tardam em surgir avanços sobre estes e outros temas contemplados no acordo, como as questões do envelhecimento da classe e dos horários de trabalho. “Abertura para discutir há, reuniões negociais marcadas não faltam. Já soluções, medidas… não está nada fechado mas está sempre tudo a ser adiado. E estar sempre a ser adiado não vamos permitir”, avisou. “Estas questões têm de ter resposta no segundo período. O mês de Fevereiro tem de ter propostas concretas e soluções efetivas.”

É neste contexto que surge o “plenário nacional de professores” agendado para esta quinta-feira, pelas 15h00, em Lisboa. A Fenprof reservou o Grande Auditório da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa e os seus sindicatos, de norte a sul, estão a organizar autocarros para transportar docentes ao evento, com o claro objectivo de transmitir uma posição de força ao governo. Formalmente, a reunião servirá para avaliar as negociações com o governo, discutir e aprovar a ação a desenvolver. Mário Nogueira garante que, no final, a posição da Fenprof será “aquela que os professores decidirem”. No entanto, também não esconde que do secretariado nacional virá a recomendação para o regresso à luta caso não se registe uma evolução favorável nas negociações com a tutela.

DN

Redação
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