Fibrenamics lança plataforma digital e 20 produtos inovadores
Uma nova plataforma digital e 20 produtos inovadores. A Fibrenamics, plataforma internacional da Universidade do Minho, está no caminho do futuro. A ideia foi deixada, esta terça-feira, no Altice FORUM Braga, por vários intervenientes, na sessão “Da UMinho para o mundo: Fibrenamics apresente produtos inovadores de I&D”.
A nova plataforma digital tem como objectivo potenciar “a interacção com as empresas, identificar oportunidades e gerir projectos de I&D”. Já disponível no site da Fibrenamics, a plataforma permite fazer “de forma digital” aquilo que “no passado era feito presencialmente”, além de permitir “internacionalizar de uma forma simplificada”, explicou Raul Fangueiro, coordenador da Fibrenamics.
No que diz respeito aos produtos com tecnologias inovadoras, apresentados também esta terça-feira, destaque para a área referente “às fibras e nanomateriais” que permitem desenvolver “produtos avançados, como coletes e capacetes balísticos, produtos à base de resídudos, numa óptica de sustentabildiade, e produtos que têm capacidade de monitorizar deformações, provocando descargas eléctricas para haver uma melhor recuperação, por exemplo, de uma lesão muscular”, detalhou o coordenador. Além disso, nota para os produtos desenvolvidos a pensar no futuro, com “materiais que têm capacidade de dissipar calor, como uma cadeira, e matérias do futuro para a indústria dos transportes, com base em fibras naturais e biopolímeros, no sentido de redução do consumo de energia”. Mas há mais. A Fibrenamics apresentou também “um produto da área da saúde, uma película, desenvolvida em nanofibras de biomateriais, com capacidade de regeneração da pele”.
“Muitos destes produtos estão já no mercado e quisemos mostrar neste evento que o
modelo de interligação da Universidade com a empresa funciona: prevê uma identificação de oportunidade, desenvolvimento de conhecimento, transformação de conhecimento em produto e a colocação desses produtos em mercado”, fez saber Raul Fangueiro. “A ideia de que as universidades só fazem investigação para publicar artigos não é o que se aplica aqui”, acrescentou.
“É uma estrutura que muito poderá dar para o crescimento da indústria nacional e para a difusão do que de bom se faz na UMinho”
Filipe Vaz, pro-reitor para a Inovação e Projectos, considera que “a indústria portuguesa soube adaptar-se à mudança dos tempos, soube reinventar-se e nesta reinvenção e crescimento industrial nacional, a Fibrenamics pode e deve ter um papel importante, na perspectiva da sua área científica de actuação e de se assumir como embaixadora da Universidade na sua grande proximidade às empresas e à inovação”. “A Fibrenamics deve ainda dar resposta às questões da sustentabilidade e da economia circular, mas também as questões da digitalização e da economia digital. É uma estrutura que muito poderá dar para o crescimento da indústria nacional e para a difusão do que de bom se faz na UMinho”, disse ainda.
Fibrenamics “faz futuro”
Já o autarca Ricardo Rio considera que a Fibrenamics “faz futuro” e “marca a diferença”. “Para nós, responsáveis públicos, é um privilégio ter a consciência de que no nosso território se está a fazer futuro. É isso que este projecto potencia e é isso que pode permitir às empresas que com ele colaborem”, afirmou ainda Rio, que considera que sessões como a de hoje “são fundamentais, porque o grande desafio nesta colaboração, entre as instituições da produção de conhecimento e aquelas que o vão poder transformar do ponto de vista económico em termos de valor acrescentado de negócio, é a partilha de conhecimento, saber o que se está a desenvolver, que aplicações é que as inovações poderão ter e transformá-las em ideias de negócio vantajosas para as empresas e a sociedade”.
A iniciativa, onde foram ainda divulgados os resultados alcançados pelo grupo no projeto ‘Fibrenamics 4.0’, cofinanciado pelo Portugal 2020, decorreu esta terça-feira no Altice FORUM Braga, na presença de especialistas e empresários de vários sectores de actividade.
