Greculeme recria “Maldição de Mãe” para comemorar bodas de prata

Vinte e cinco anos depois, a história repete-se. O Grupo Recreativo e Cultural de Lemenhe – GRECULEME – apresenta este sábado, no palco da Casa das Artes, “Maldição de Mãe”. Desta vez, os cenários são menos pesados e com recursos às novas tecnologias e o figurino alia o Portugal da época ao contemporâneo.
A comemorar as bodas de prata, o grupo mantém a humildade de continuar a querer aprender mais. Por isso mesmo, deu a mão à ACE – Escola de Artes de Famalicão – e contou com a ajuda de dois actores reconhecidos: Jorge Pinto e Emília Silvestre.
“A ajuda foi desde o arranjo das roupas com os coreógrafos, posicionamento, colocação de voz e expressividade”, começou por contar Juca Carvalho, presidente do Greculeme e encenador da peça, que estreia a 2 de Novembro.
Assumindo a carência de quem tem “muito gosto” no que faz, mas não dispõe de “bases suficientes para dar formação”, Juca agarrou a ajuda e está certo de que “veio enriquecer todo o grupo de actores”.
Helena Machado, coordenadora pedagógica e artística da ACE Famalicão, considera o Greculeme um grupo “genuíno”, com pessoas de várias idades, “muito humildes e que têm mesmo vontade de aprender”.
A ACE está aberta a novas parcerias, com outras associações do concelho. Em linha está Leonel Rocha, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, que consira que esta entreajuda pode estender-se “a todas as áreas”.
“O facto de termos apostado no ensino das artes e termos conseguido fixar em Famalicão profissionais destas artes, teatro, música, cicrco, dança, artes plásticas, permite-nos agora fazer estas ligações entre os nossos gentes culturais locais e estes profissionais que podem ajudar na capacitação e elevação cultural de todas estas instituições”, explicou o vereador. Leonel Rocha aponta ainda esta parceria como “um exemplo claro da estratégia cultural famalicense” que pretende, além de capacitar as associações, aproximar o público da cultura e torná-lo mais consumidor da mesma.Mais de duas décadas depois, figurino e cenários são diferentes, e Juca Carvalho espera que “tenham um impacto positivo” no público.
O presidente do Greculeme espera ver a “Maldição de Mãe” a palcos de Braga, como o Theatro Circo, ou de Viana. “Julgo que têm sustentabildiade para ser apresentada nesses palcos”, afirmou.
“Maldição de Mãe é uma lição para a vida, retrata um pouco A Parábola do Filho Pródigo. Julgo que deve ter sido escrita nos anos 20 e continua actual”, comentou Juca Carvalho.
Há 25 anos a fazer teatro amador, o grupo tem ultrapassado algumas dificuldades, por exemplo, por serem amadores e contarem com jovens no grupo, por vezes, é difícil conciliar os ensaios.
“Maldição de Mãe” estreia este sábado, pelas 21h30, na Casa das Artes de Famalicão. 25 anos depois, o Greculeme volta a apresentar a peça que marcou a sua apresentação pública. O elenco é composto por 11 actrizes, sendo que apenas 3 permanecem do elenco de há 25 anos.
O grupo Recreativo e Cultural de Lemenhe leva, depois, a 16 de Novembro, a mesma peça a Castelões.
O Greculeme tem ainda em cena a peça “Um médico à rasca” e agenda está preenchida até ao mês de Dezembro.
