Guimarães assinala Dia das Nações Unidas

O Dia das Nações Unidas está a ser assinalado na cidade de Guimarães com um programa especial na Unidade de Governação Electrónica das Nações Unidas, instalada no campus de Couros. Hoje, as portas estão abertas à comunidade para dar a conhecer o trabalho ali realizado, desconhecido para grande parte da população.
Esta manhã, a abertura oficial contou com a presença de Domingos Bragança, Presidente da Câmara. A Unidade de Governações Eletrónica da Universidade das Nações Unidas é dirigida pela Professora Delfina Soares que no seu discurso vincou que o trabalho desenvolvido tem sido de “luta pelos princípios da carta”.
A directora considera que “é necessário que a própria cidade tome consciência na presença em Guimarães e do importante trabalho que ali se realiza” ainda que o mesmo não seja “tão mediático como outros em que a ONU se encontra envolvida”.
Domingos Bragança, Presidente da Câmara, começou por salientar o trabalho excepcional que é desenvolvido na UNU-EGOV, em Couros, que necessita ser dado a conhecer ao público em geral, uma vez que, para os agentes envolvidos nos processos de modernização electrónica, Guimarães é já uma referência internacional. “As Nações Unidas é a instituição de maior dimensão à escala mundial. A UNU-EGOV tem um papel fundamental na persecução dos objectivos da ONU, pois ao munir os diversos países com as competências para uma governação cada vez mais eficiente e célere contribui para o bem-estar geral e para o bom funcionamento das instituições”, referiu.
O Presidente da Câmara está convicto de que muitos Vimaranenses, e portugueses em geral, desconhecem a existência da Universidade das Nações Unidas, no Campus de Couros, em Guimarães, frisando, contudo, que o fundamental é a importância do trabalho aí desenvolvido. “Devemos reforçar o papel desta unidade aqui instalada, para que as políticas públicas mundiais sejam cada vez mais modernas e organizadas, e as populações possam ser mais bem servidas. Este polo universitário de Couros, onde está a Universidade do Minho e a Universidade das Nações Unidas, é de relevância extrema para que um dos pilares de desenvolvimento de Guimarães, o Conhecimento, se fortaleça e se desenvolva de uma forma duradoura e estável”, disse o Presidente da Câmara.
Ampliação das instalações em breve
Domingos Bragança elogiou o trabalho da UNU-EGOV e da sua directora, Delfina Soares: “o trabalho desenvolvido pela UNU-EGOV, em Guimarães, tem uma dimensão internacional notável, uma vez que ajuda vários países em todo o mundo a modernizar a sua governação eletrónica, como é exemplo a colaboração com os PALOP e CPLP e com um conjunto de outros países que ascende já a mais de 60. A continuação desta missão será fortalecida com a ampliação das instalações, que se registará após a conclusão das obras numa outra parte do edifício, criando-se as condições para que a ONU possa instalar, em Guimarães, o Instituto das Nações Unidas. Se conseguirmos este desiderato, a par das residências para investigadores que temos e que iremos criar no futuro, estaremos a criar as melhores condições para que este trabalho possa ter ainda mais qualidade e para que a importância de Guimarães no Mundo seja cada vez mais visível e decisiva”, fez questão de salientar.
A UNU-EGOV é um centro de investigação dedicado à governação electrónica, situado em Guimarães desde 2014. Conta actualmente com uma equipa de 30 pessoas, de várias nacionalidades e é, até à data, a única instituição da ONU em Portugal que não está sediada em Lisboa. A UNU-EGOV faz parte da Universidade das Nações Unidas, sediada em Tóquio, e cuja fundação remonta a 1974. Possui vários Institutos e Programas localizados em doze países. É o ramo académico da ONU e tem como principal objetivo trabalhar com os Estados-Membros na resolução dos problemas da humanidade.
