Guimarães. BE quer alterações ao regulamento do Canil/Gatil

O Bloco de Esquerda (BE) vimaranense considera que existem muitas falhas no regulamento criado pela Câmara Municipal para o Canil/Gatil de Guimarães. Esta segunda-feira, em conferência de imprensa, os bloquistas apresentaram uma série de propostas para melhorar o serviço prestado pelo Centro de Recolha Oficial (CRO).
Uma das preocupações tem que ver com a hospitalização, de acordo com o bloquista Rui Antunes. “Caso, por exemplo, um animal seja atropelado ou encontrado com algum tipo de ferimento qual é o destino que lhe é dado? Há o recolher por parte do CRO, mas, no actual regulamento, não é claro o tratamento que lhe será aplicado. Não havendo serviço de hospitalização a nossa preocupação é que o único destino seja a eutanásia”, explicou.
Além disso, Sónia Ribeiro, deputada na Assembleia Municipal de Guimarães, sublinhou a existência de apenas um médico veterinário no CRO, que é “responsável por toda a orgânica do CRO, decide tudo no âmbito de directivas dadas aos funcionários ou voluntários, mas quanto também aos actos médicos que estejam em tomada de decisão”, lamentou.
A deputada sublinhou ainda que o Canil/Gatil de Guimarães tem alguma relutância em fornecer informações “a qualquer pessoa que se dirija ao CRO para saber como quantos animais tem ou quantos estão acidentados. Essa informação é vedada. As visitas ao local são também muito selecionadas”, frisou.
Já Max Fernandes sublinhou a falta de colaboração entre o CRO e os cidadãos que resgatam colónias de animais. “Há um poder absoluto do médico veterinário também para, por exemplo, decidir se uma colónia que é recebia volta para o sítio de origem. Devia haver um diálogo entre as pessoas, por vezes informais, que os resgatam e o CRO”, criticou.
As propostas apresentadas pelo Bloco foram também clarificadas em discussão pública.
Áudio:
Sónia Ribeiro, deputada na Assembleia Municipal, lamenta também a falta de informação fornecida pelo CRO.
