Guimarães quer jovens a desenhar estratégia da juventude

O gabinete da Juventude de Guimarães está em obras e prestes a ser lançado, mas o município avisa que mais importante que o espaço físico é o trabalho de auscultação e diálogo entre jovens, na procura de soluções para “uma cidade de adultos”. 

Sem uma divisão de juventude, a autarquia que já tem um espaço para o futuro gabinete está a preparar um projecto “diferenciador” e que vai para lá de um espaço físico, assegura a vice-presidente da autarquia.

Em entrevista à RUM, Adelina Paula Pinto recusou alongar-se na tensão política em torno do tema, sobretudo nos últimos meses com críticas recorrentes da oposição.

A vice-presidente e vereadora com o pelouro da Juventude revela que mais do que o espaço físico, é importante o município saber como é que “leva os jovens a participar, a pensar uma estratégia da juventude e a desenhar um plano de actividades”. 

“O que é que efectivamente nós, poder, podemos fazer para que os jovens se sintam bem, tenham respostas em Guimarães, tenham apoios, habitação, emprego ao sair da universidade? O que é que é preocupante para os jovens?”, questiona Adelina Paula Pinto.

A estratégia de auscultação está a ser levada a cabo pelos próprios jovens. Adelina Paula Pinto admite estar preocupada em saber o que fazer com esta faixa etária, uma vez que Guimarães “é uma cidade de adultos. Não tem espaço para crianças e não tem espaços para jovens”. Por isso, em termos físicos o município quer saber “o que é preciso fazer”. Um gabinete que “mais que tudo” pretende ser “um espaço de participação e de audição”, assegura.

O espaço ficará instalado na rua da Rainha, em Guimarães. As obras de adaptação estão praticamente concluídas.