Guimarães ruma à Capital Europeia da Cultura em Malta

Um grupo de seis artistas de Guimarães parte esta segunda-feira para Malta, onde vai desenvolver, durante uma semana, um espetáculo para a Capital Europeia da Cultura Valletta 2018, a capital da Malta. O projecto vimaranense MODS Collective vai trabalhar com um conjunto de músicos malteses numa nova criação. O ponto de partida será a obra do cineasta Cecil Satariano. A ideia será criarem uma nova banda sonora para duas curtas-metragens do cineasta maltês.
Samuel Silva, do colectivo, explicou à RUM que a Capital Europeia da Cultura 2018 abriu uma chamada pública para participação em projectos. “Nos estávamos atentos por acaso, já que o Samuel Coelho, director musical do MODs Collective, tinha apresentado um projecto em Malta”, explicou.
As criações do MODs Colective fizeram parte do programa da Braga Noite Branca no ano passado e vão estar, este ano, no Festival Paredes de Coura. Trata-se de um “cruzamento entre música improvisada com cinema”. Para realizar este projecto em Malta, começaram por procurar realizadores malteses ou filmes que tivessem sido rodados em Malta, “sem saber muito bem” o que estavam à procura. Ainda assim, o nome de Cecil Satariano foi uma constante.
Samuel Silva explicou que o cineasta maltês Cecil Satariano “era um realizador amador, crítico de cinema”, mas trabalhava numa empresa de correios de Malta, ou seja, “não tinha nenhuma ligação profissional ao meio”.
O cineasta estreou-se com “I’m furious…Red”, que lhe valeu o Ten Best, um importante galardão que era então atribuído anualmente pela revista britânica “Movie Maker”. Dois anos depois, repetiu o prémio com “Giuseppi”, que lhe valeu também o Grande Prémio de Festival de Cinema Amador de Cannes,
O espectáculo será apresentado em Malta no próximo Domingo e a estreia em Portugal está assegurada para 22 de Setembro, no Centro Cultural Vila Flor. Este será um espectáculo diferente dos restantes do MODS Collective.
“Ao contrário de outros projectos do MODS, a música ficará escrita. Nos outros espectáculos, a música começa e acaba naquele momento. Vamos ter uma base a partir da qual vai ser possível criar o espectáculo que queremos a circular por Portugal”, explicou Samuel Silva.
Áudio:
Samuel Silva, do colectivo, explica como surgiu a parceria:
