Guimarães transforma postes de iluminação convencionais

O município de Guimarães apresentou esta manhã um projecto-piloto na área da comunicação em redes 5G. O projecto pretende tornar o mobiliário urbano mais eficiente. Como exemplo, a solução pretende fazer dos postes de iluminação instalados nas ruas em dispositivos que incluam sistemas de carregamento para carros eléctricos ou a instalação de câmaras de vigilância.

A apresentação do projecto decorreu esta manhã no Parque da Cidade de Guimarães e contou com a presença de responsáveis do município e do consórcio Smart Lamppost, colectivo que desenvolveu a solução. João Faria, responsável do consórcio, assinalou que a inovação permite reutilizar os postes urbanos em variadas soluções, ao “integrar as telecomunicações com os parquímetros, carregadores para carros, câmaras de vídeo de segurança, wi-fi e iluminação pública”.


“Esses elementos [os postes de iluminação convencionais] são monos: só faziam uma função. Hoje fazem mais. O futuro chegou ao nível da rua, em telecomunicações ou na mobilidade eléctrica. É preciso optimizar”, esclareceu, acrescentando que a “solução Smart Lamppost permite isso”.

O presidente da câmara de Guimarães considerou o projecto “vanguardista”. Domingos Bragança focou na hipótese de tornar os postes de iluminação em pontos de carregamento para viaturas eléctricas, o que desocupa espaço urbano e facilita a utilidade do processo. O autarca enalteceu que mais postos de carregamento podem aumentar o número de carros eléctricos, contribuindo no combate às alterações climáticas. 

Domingos Bragança admite que vai recorrer a fundos comunitários

Para já, o projecto está numa fase piloto e estão colocados apenas dois postes de iluminação no Parque da Cidade. A vontade passa por implementar, até 2020, novos postes em ruas do centro da cidade. Mas todo o projecto implica a substituição dos tradicionais postes de iluminação por dispositivos inteligentes. Há, por isso, custos associados. O presidente da câmara de Guimarães não avançou o valor pelo projecto, assinalando que o mesmo está numa fase muito embrionária, mas revelou a intenção de recorrer a fundos comunitários.

Já o responsável do consórcio João Faria reconheceu que os novos postes “são mais caros do que o normal” mas enfatizou “a fonte de proveito” que o equipamento traz.

“Temos de olhar a isto como um mini data center, com serviços de data center ou housing que vão ser vendidos ou alugados aos operadores. Isto faz com que o projecto se pague”. O responsável lembrou que numa situação ideal seria o próprio município a deter o equipamento mas considerou, tal como Domingos Bragança, que o projecto é ainda novo.

Áudio:

Projecto em redes 5G transforma postes convencionais de iluminação

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

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