Há 30 anos nasciam os Encontros, um mundo de imagem

Não tem um tema definido porque quer tocar o imaginário de cada um. Fotografias de uma América passada, de uma Europa em crise e de uma África presente. Em 2017, o Encontros da Imagem faz uma retroespectiva do passado, com uma visão futura. Haverá espaço para fotos mais contemporâneas de artistas que exploram as diferentes vertentes da arte. É uma viagem desde 1987 até 2017, acompanhando as diferentes fases da fotografia.
Em 30 anos, o festival chega ao Porto, pela primeira vez, depois de uma vida retido em Braga. O alargamento da iniciativa a outras cidades é a grande novidade desta edição. Guimarães, Barcelos e Famalicão também vão servir de galeria de arte entre os dias 19 de Setembro e 25 de Outubro. Abranger o quadrilátero e até sair da região minhota há muito que era um sonho, que este ano passa a realidade, um pouco por necessidade. Por burocracias e atrasos, o financiamento da Direcção Geral de Artes não chegou. “Conseguimos erguer mais uma edição graças aos apoios dos municípios envolvidos”, revela Carlos Fortes da organização. A Câmara Municipal de Braga reforçou o apoio para a 30ª edição, com um financiamento de 30 mil euros. Em 2016 tinha apoiado o festival com 19 mil euros.
O festival Encontros da Imagem há muito que saiu de Portugal, pois as exposições fazem-se de artistas que chegam de vários pontos do globo. Os fotógrafos portugueses “terão um espaço central” na celebração dos 30 anos do festival, até porque “alguns artistas estão a preparar trabalhos exclusivos”.
“Passar a mensagem a novos e velhos, enaltecendo a importância que a imagem tem no dia-a-dia”. “Os velhos”, esses, acompanharam a evolução da fotografia , que andou de “mãos dadas” com a evolução do jornalismo. Quando as palavras começaram a perder espaço nas páginas dos jornais, Carlos Fortes não ficou surpreendido: “Uma imagem pode comunicar muito mais do que palavras”.
*Por Paulo Costa
