Habitantes de Fradelos queixam-se de odores vindos de exploração pecuária

Mariana Silva, deputada do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), esteve esta segunda-feira reunida com a população da freguesia famalicense de Fradelos. Os habitantes queixam-se que existem maus odores resultantes da actividade de uma empresa de exploração pecuária há cerca de três anos.

A existência desta unidade de laboração junto de casas e na proximidade de uma escola tem vindo a ser alvo da reclamação da população. Segundo a deputada do partido ecologista, a situação traz “incómodos” às pessoas, como “mau estar físico”, sendo que a situação agrava-se nos períodos de mais calor. 


“No Verão não se pode dormir. Há privação de sono daquelas populações porque o cheiro é tal que não conseguem sequer repousar ou descansar adequadamente”, alerta. No entender de Mariana Silva, “perto de uma empresa daquelas, haverá sempre mau cheiro, mas não com a intensidade que se verifica, quase diariamente.

A luta travada, desde 2016, pelas populações conduziu a diversas denúncias, reclamações e contactos junto de várias entidades. Os esforços reivindicativos foram, entretanto, transportados para um abaixo-assinado com cerca de 300 assinaturas. No seguimento de um processo de licenciamento do projeto de ampliação da exploração pecuária, a empresa ficou obrigada a um conjunto de medidas técnicas de controlo e minimização de odores e terá já apresentado um estudo relativo aos odores emanados pela sua atividade.



Relatórios terão comprovado que “maus cheiros não são normais”

No último mês de Julho, segundo o que foi dito à deputada, terão sido conhecidos alguns relatórios do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e de um delegado de saúde a comprovarem que “há maus cheiros e que não são normais”. De forma a ajudar a população, o PEV pretende perceber “em que pé está a situação do relatório” e entender junto das entidades competentes “o que se passa com aquela estrutura e que licenças é que tem”.

Frisando que “a população não está contra a empresa”, considera que o facto de esta ter expandido nos últimos anos pode ser a razão para o cenário vivido actualmente. “Temos que verificar se esse crescimento foi feito dentro do que é exigível pela lei e se há medidas minimizadoras que a empresa possa implementar que não prejudiquem tanto quem vive ali à volta”, explica.

Tiago Barquinha
Tiago Barquinha

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