Acolhimento aos 2.820 novos alunos assombrado pelo fantasma do alojamento

A Universidade do Minho já deu as boas vindas aos 2.820 novos alunos que preencheram 98% das vagas colocadas a concurso. 126% dos quais teve a UMinho como primeira opção. A sessão de boas vindas contou com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, que sublinhou o facto de, neste momento, metade dos jovens com 20 anos estarem a frequentar o ensino superior. Segundo Manuel Heitor o próximo passo será “que seis em cada 10 jovens estejam a frequentar o Ensino Superior em 2030”.
Outra das conquistas para as academias portuguesas está relacionado com a captação de estudantes estrangeiros. “As Universidades portuguesas registaram um aumento de 40% dos estudantes estrangeiros. Mais 7 mil em relação ao ano anterior”, declara o ministro. Números impressionantes que trazem para o primeiro plano a questão do alojamento universitário.
Manuel Heitor avança que o governo está a “mobilizar as instituições dos mais variados ramos para disponibilizar camas”. No caso de Braga e Guimarães “estão em curso vários processos e obras”. O ministro acrescenta que foram disponibilizados uma série de edifícios públicos que estavam degradados para serem transformados em residências. Porém, este é um “processo que demora algum tempo”, sublinha.
Aos microfones da RUM o reitor da academia minhota avança que não irá ficar de braços cruzados. Rui Vieira de Castro afirma que vai tentar encontrar soluções para os problemas mais graves que chegam à UMinho. No entanto nunca será possível chegar às 300 camas. “O que estamos a tentar procurar são entidades que possam constituir parcerias connosco”. Rui Vieira de Castro adianta que a parceria com as Oficinas de São José “correu bastante bem”, logo a intenção será “retomar e aprofundar” a mesma.
Já o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho aproveitou a sessão para entregar uma petição, sobre a necessidade de mais alojamento, ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que se mostrou “sensível” à situação. Nuno Reis realça o facto deste problema decorrer há vários anos. “Estamos há 20 anos sem ter residências universitárias construídas, por isso é necessário mobilizar toda a sociedade”, afirma.
Recorde-se que a AAUM lançou o movimento “Uma pedra por mim” que já soma mil assinaturas. O objectivo passa por chegar às 5 mil.
