Heróis sem capa partilham histórias de superação

Não se vêem como heróis, mas sim como lutadores. Esta segunda-feira, o Braga Parque acolheu a iniciativa da Câmara Municipal de Braga “Nem todos os heróis usam capa”, uma forma de assinalar o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro. A tertúlia contou com a partilha de três testemunhos, que relataram na primeira pessoa como é lutar contra a doença do século XXI. 


Recorde-se que, por ano, surgem cerca de 6 mil novos casos, destes 30% podem ser evitados através de hábitos de vida saudáveis. Para a vereadora do Desporto e Saúde da Câmara Municipal de Braga, Sameiro Araújo, esta é uma mensagem que deve ser passada, em especial, aos mais novos para deste modo “repercutir” em casa e durante a sua vida.

A vereadora destacou a importância de “levar mais informação às pessoas”, sobretudo “alertar para a prevenção” através de rastreios. A responsável pelo pelouro do Desporto na autarquia bracarense aproveitou a iniciativa para recordar o programa do município ‘Pulsar’ dirigido a pessoas que sofrem de doenças oncológicas. A vereadora não tem dúvidas de que este é um programa que vai além do exercício físico. “É uma forma de combater o isolamento social, conviverem e partilharem experiências”, ressalvou. 

Em declarações à RUM, Sameiro Araújo reconhece que o “Pulsar” ainda não é do conhecimento de todos os bracarenses. A vereadora declara mesmo que “a maioria das pessoas desconhecem o programa”. Para uma maior divulgação, a autarquia conta com o apoio do Hospital de Braga e dos Centros de Saúde. Recorde-se o programa decorre todas as segundas, quartas e sextas-feiras, das 10h00 às 12h00. A participação é gratuita.  

Já do lado da administração do Braga Parque, a iniciativa é vista como uma forma “mais leve” de abordar a doença, e mostrar que nem sempre cancro é sinónimo de morte. “O objectivo passa por, através destes testemunhos, mostrar que é possível superar a doença e ser feliz”, afirma.



“É uma verdadeira bomba atómica que nos afecta o corpo e a mente”.


Maria da Luz tinha realizado uma mamografia há seis meses quando sentiu que “algo não estava bem” com o seu peito. Lutou contra um cancro da mama de grau dois, mas garante que durante todo o processo manteve-se sempre muito positiva à procura de “uma luz ao fundo do túnel”. 

A sua maior preocupação “foi gerir a cabeça das duas filhas”. 

“Ganhei mais do que perdi”


Hermenegildo Guimarães já ultrapassou dois cancros, o primeiro há 16 anos, e perante a plateia de cerca de 30 jovens da Escola Profissional de Braga,  confessou já ter perdido as contas aos quilómetros percorridos entre a cidade de Braga e do Porto. 

O momento em que recebeu a notícia foi o mais difícil da longa caminhada que teve pela frente. Hermenegildo, por decisão própria, preferiu refugiar-se em si mesmo, não recorrendo a ajuda profissional no que toca a acompanhamento psicológico.

“É uma doença maldita”


O mundo de Lurdes “desabou” quando recebeu a má notícia. Teria, a partir daquele momento, que lutar contra um carcinoma. Neste percurso, a Liga Portuguesa Contra o Cancro teve um papel fundamental, pois, confessa,  sem esse “apoio psicológico não iria conseguir sair do fundo do poço”. Hoje afirma ser “mais feliz”. 

Áudio:

Declarações dos organizadores sobre a importância da inicitiva “Nem todos os heróis usam capa” na vida dos pacientes e estudantes da área da saúde.

Vanessa Batista
Vanessa Batista

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