Hugo Pires garante que “não há qualquer acção de despejo” do Mavy

(Em actualização)
Hugo Pires garantiu à RUM que “não há qualquer acção de despejo” em relação aos arrendatários de uma cafetaria e galeria de arte em Braga, instalada num imóvel classificado, onde ficava a antiga livraria Bertrand.
A notícia avançada pelo Jornal Económico dá conta de que a empresa de investimentos imobiliários, da qual Hugo Pires faz parte, a CRIAT Imobiliária, quer despejar os arrendatários.
Segundo o deputado socialista bracarense há “uma notificação do Tribunal a alguém que está a ocupar ilegalmente o espaço”. “Não têm contrato de arrendamento. A sociedade da qual faço parte adquiriu aquilo numa venda judicial, ao Tribunal, que disse que não havia ninguém no espaço com contrato de arrendamento, que caducavam todos os contractos”.
Hugo Pires garante ainda que a empresa tentou “chegar à fala com eles, por carta, tentou marcar reuniões, mas, durante um ano e tal, nunca quiseram falar sobre isso”. “Se não querem sentar para negociar um novo contrato têm que sair”, apontou.
Ainda assim, Hugo Pires contraria as notícias que vieram a público e dão conta da intenção de tornar o espaço em alojamento local. “O que está previsto é criar habitação num prédio que está desocupado. Os dois últimos pisos estão desocupados e o que vai acontecer é que vai haver gente ali a morar. Não há nenhum tipo de actividade de alojamento local ou de especulação imobiliária”, justificou. O socialista bracarense adianta ainda que “o projecto de licenciamento para habitação permanente já entrou na Câmara”.
Uma versão diferente da dos próprios arrendatários, que garantem ter um contracto válido.
De acordo com o Jornal Económico, o espaço cultural bracarense, onde ficava a antiga livraria Bertrand, foi arrendado em 2012 pelos irmãos Ana e Filipe Morgado. O contrato de arrendamento, firmado com os antigos proprietários do edifício do centro da cidade, é válido até 2034, mas desde 2017 que a CRIAT Imobiliária, que o adquiriu dois anos antes, está a tentar despejar os arrendatários. Segundo Ana e Filipe Morgado, a empresa pretende abrir um negócio de Alojamento Local.
Hugo Pires afirmou ainda que detém apenas “20%” da empresa de investimentos imobiliários que quer ocupar o espaço cultural bracarense, onde ficava a antiga livraria Bertrand, para habitação.
O prédio está classificado como imóvel de interesse público e património da cidade de Braga.
A RUM está a tentar entrar em contacto com os arrendatários.
