Indústria 4.0. Norte do país pronto para mudar o mundo

Estudar as interfaces gráficas e interfaces homem-máquina são os objectivos do Centro de Computação Gráfica (CCG). Neste workshop de apresentação de projectos, o auditório teve o prazer de ficar a conhecer alguns protótipos. Os carros ainda não voam e o teletransporte também ainda não é possível. Porém, um carro autónomo, em 2020, poderá ser uma realidade.
Carlos Silva, coordenador do CCG, apresentou este projecto à plateia. Fruto de uma colaboração entre a Universidade do Minho e a Bosch, este protótipo estuda, através de sensores, como é que as pessoas reagem em várias simulações, mas também o software do veículo de modo a que este seja seguro quando se torna completamente autónomo. Assim sendo, no futuro ler enquanto fazemos uma viagem longa tornar-se-ia uma prática segura para escapar às longas horas de viagem.
Dos automóveis passamos para a criminalidade. Miguel Guebara, coordenador do Departamento de Computer Vision Interaction and Graphics (CVIG), apresentou o projecto AGATHA, desenvolvido para a Polícia Judiciária (PJ) através do programa Portugal 2020. Trata-se de uma espécie de programa de videovigilância que “permite identificar não só as caras, género e idade dos criminosos como também a sua voz e objectos”.
O CVIG encontra-se ainda a desenvolver um protótipo Maxcut4fish, ou seja, “uma ferramenta que permita de uma maneira eficaz e precisa, cortar e pesar peixe. O estudo conta igualmente com a ajuda do Portugal 2020 e acaba em Novembro deste ano. O coordenador espera que este produto seja implementado, depois, nas grandes cadeias de supermercados.
Pedro Torrinha, co-organizador do evento, salientou a importância e a obrigatoriedade deste género de sessões marcarem presença no norte de Portugal, sendo o berço industrial do país.
Para além da apresentação dos vários projectos, o interfaces abordou ainda o considerado “bicho” da Indústria 4.0: vão os robôs roubar-nos os empregos? Os especialistas acreditam que essa não é uma realidade tendo em conta o histórico de outras revoluções industriais.
Áudio:
Pedro Torrinha, co-organizador do evento, salienta que devido ao crescimento da indústria 4.0 no norte do país, esta é a oportunidade de Portugal se destacar.
