INL adere a rede de hubs regionais para acesso global à tecnologia quântica
O Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) juntou-se à rede global de hubs regionais responsáveis por utilizar e disponibilizar o sistema IBM Q Network. É a primeira entidade sediada em Portugal a poder trabalhar esta tecnologia quântica, sendo que são agora nove em todo o mundo.
Estes centros regionais de educação, investigação, desenvolvimento e aplicação da computação quântica oferecem aos colaboradores acesso online a esta tecnologia. O sistema tem o potencial de resolver problemas complexos e de revolucionar algumas áreas da economia e da sociedade, como a indústria automóvel, a distribuição de energia e a investigação científica, podendo também colaborar na criação de novos medicamentos.
Jorge Fiens, responsável pela comunicação do INL, explica que a integração do laboratório de nanotecnologia nesta rede tem como objectivo disponibilizar à academia e às empresas a possibilidade de “explorar a computação” através de uma “tecnologia promissora”.
“É um sistema que, tal como a computação tradicional, tem o potencial de trabalhar em qualquer área de actividade e de resolver problemas complexos até para um supercomputador. Tem uma capacidade de desmultiplicar os bits, neste caso os quantum bits, que, em vez de serem 0 ou 1, podem ser simultaneamente 0 e 1″, pormenoriza.
Numa altura em que se fala cada vez mais de revolução quântica, Jorge Fiens refere que é “essencial as empresas e organizações começaram a preparar-se para esta nova realidade”. “Se não começarem a fazê-lo, tememos que a maioria das organizações não esteja pronta para esse salto”, acrescenta.
O trabalho realizado neste novo âmbito será feito pelo INL, em colaboração com a Universidade do Minho, o CEIIA – Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel e o INESC TEC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, através do consórcio de invesigação QuantaLab.
Além da entidade localizada em Braga, a Universidade de Oxford (Reino Unido), a Universidade de Keio (Japão), a Universidade Bundeswehr Munchen (Alemanha), a Universidade de Melbourne (Austrália), o Laboratório Nacional de Oak Ridge (EUA), a Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA), a Universidade Nacional de Taiwan (Taiwan) e o CSIC – Conselho Superior de Investigações Científicas (Espanha) são as organizações que integram a rede global de hubs regionais capazes de trabalhar o sistema IBM Q Network.
