INL vai criar alimentos funcionais para idosos

O Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) está a desenvolver um projecto de criação de alimentos funcionais para idosos. Várias entidades europeias irão trabalhar, durante os próximos quatro anos, num programa de investigação científica chamado FODIAC – Food for Diabetes And Cognition. Esta sexta-feira aconteceu a primeira reunião entre todos os parceiros do projecto. O objetivo é criar alimentos funcionais capazes de melhorar os níveis de diabetes tipo 2, bem como a capacidade cognitiva dos idosos. 


Lorenzo Pastrana, porta-voz do projecto, explicou à RUM que serão desenvolvidos ingredientes, formulações de alimentos e dietas para combater estes dois tipos de problemas de saúde dos idosos. “Vamos trabalhar num Consórcio que irá pegar em ingredientes funcionais, presentes em muitos produtos, aumentar a sua estabilidade,  introduzi-los noutros alimentos e  formular dietas”, explicou.


O investigador recordou que a diabetes está relacionada com a obesidade e “com a deita serão desenvolvidos alimentos para a combater”. De acordo com o responsável, em 2050, um em cada três portugueses terá mais de 65 anos. “Estes problemas podem melhorar com a deita e é necessário prevenir este problema, já que terá um forte impacto no Sistema Naciomal de Saúde”, lembrou.


O investigador do INL explicou ainda que o projecto parte do princípio que cidadãos com diferentes idades têm necessidades alimentares distintas. “Nos supermercados, os produtos são iguais para todas as idades. Não estão adaptados as necessidades de cada grupo”, lamentou.


O projecto segue a máxima de Hipócrates: “que o teu alimento seja o teu medicamento”,  e tem como objetivo primário utilizar a dieta alimentar como veículo de compostos bioativos naturais, para além de também pretender, de forma saudável, recuperar o prazer de comer,  afectado pela perda progressiva de capacidade sensorial / gustativa nos mais idosos.

Lorenzo Patrana explica que o projecto irá incorporar tecnologias distintas de extração de compostos bioactivos, de estabilização dos compostos e fabricação. “As nanotecnologias serão utilizadas de uma forma completamente natural”, garantiu.


O Projeto FODIAC, financiado por Fundos Europeus, no âmbito das Ações Marie Curie, integra um total de 15 parceiros académicos e do mundo empresarial: INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, Universidade do Minho, Universidade Católica Portuguesa, Universitá Cattolica del Sacro Cuore (Milão, Itália), University of Reading (Reading, Reino Unido), Lunds Universitet (Lund, Suécia), bem como o CSIC – Consejo Superior de Investigaciones Científicas (Espanha), e as empresas Grupo SONAE, Anfaco, A&R House, Bioinicia, Casa Emma, Decorgel, Domus Vi, e Evra.

Áudio:

Lorenzo Pastrana, porta-voz do projecto, falou à RUM sobre o projecto: 

Mafalda Oliveira
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