“Instalações da PJ de Braga são miseráveis” – Sec. Estado

O director nacional da Polícia Judiciária, Almeida Rodrigues deixou vários pedidos à Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Helena Ribeiro em relação à necessidade de mais recursos humanos, e de novas instalações da Polícia Judiciária de Braga. Em Braga esta manhã para participar no 5º Congresso de Investigação Criminal, a secretária de Estado reconheceu que as instalações da Polícia Judiciária de Braga “são miseráveis, as piores do país”.
No seu discurso, Almeida Rodrigues, começou por elogiar a Unidade Contra Terrorismo, tema deste 5º Congresso de Investigação Criminal. Ainda assim, o estado das instalações da PJ de Braga não passaram ao lado da sessão.
Aos jornalistas, o Director Nacional disse que continuam a ser estudadas opções para resolver a situação, tendo em conta que o terreno apontado pela Câmara Municipal de Braga está na posse do Ministério da Agricultura. “Eu sou adepto da construção de edifícios de raíz, pensados para as funções de investigação criminal, mas outra das possibilidade é encontrar um edifício que possamos adaptar”, explicou.
Também a Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Helena Ribeiro, classificou as instalações como “miseráveis e as piores do país”.
Helena Ribeiro referiu que “há um conjunto de funcionários que trabalham sem luz natural com todo o trabalho científico de análise de substâncias apreendidas, e que não têm de facto condições”. A busca por um terreno para a construção das novas instalações voltou à estaca zero e está, por isso, “em negociação”.
Novas instalações da Polícia Judiciária de Braga podem passar para outro concelho
A possibilidade de “encontrar um edifício para ser readaptado” continua em cima da mesa, mas a secretária de estado admitiu hoje a possibilidade de levar as instalações para outros municípios. “Temos situações de colaboração em muitos outros municípios e, na eventualidade de não conseguirmos em Braga, há aqui situções próximas e que a Polícia Judiciária também ficaria bem instalada”, disse a secretária de Estado, alertando que “a PJ não pode continuar sem fim à vista naquelas condições”.
Outro dos pontos destacados pelo Director Nacional da PJ, foi a necessidade de rejuvenescer o quadro da PJ. “Concluiu-se um concurso para ingresso de 120 inspectores mas o que é certo é que mesmo assim só entraram 36 novos inspectores. Isto é um quarto do efectivo que nós precisamos. O recrutamento para a polícia judiciária é extremamente lento. Daí que tenha proposto à Senhora Ministra da Justiça um recrutamento extraordinário para a admissão de 100 novos inspectores”, afirma.
Almeida Rodrigues “fez as contas” e anunciou à plateia que a PJ conseguiu, nos últimos cinco anos, em arrestos e apreensões, 295 milhões de euros. Verbas que possibilitam a auto-suficiência da PJ.
Áudio:
Declarações sobre os problemas da PJ
