Instituição solidária entrega 50 cabazes de Natal a famílias bracarenses
A instituição de solidariedade social Legião da Boa Vontade entregou esta tarde, em Braga, meia centena de cabazes de natal a famílias carenciadas da cidade.
No auditório da antiga junta de freguesia da Sé, a instituição distribuiu cabazes – cada um com cerca de 30kg de alimentos – para proporcionar um período de natal mais digno a quem precisa. A Legião da Boa Vontade nasceu há 30 anos e, desde então, tem promovido acções de solidariedade um pouco por todo o país. Em hipermercados, empresas e particulares, a instituição faz recolha de alimentos que são depois distribuídos pelos mais carenciados.
Em Braga, a Legião da Boa Vontade associa-se à União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade há seis anos. Eduarda Pereira, responsável da instituição, revelou à RUM, esta tarde, que este tipo de acções são “trazem alegria e sorriso às famílias, que são muitas, que precisam de ajuda”.
A responsável está na Legião da Boa Vontade há 24 anos e confirmou que “no Natal há mais abertura aos contributos”, ressalvando que “o povo português é um povo solidário”. No entanto, admitiu que a recolha de alimentos nos anos recentes tem diminuído, opinião partilhada pelo presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, Luís Pedroso.
À RUM, o autarca, que esteve presente na acção solidária, assinalou que “houve um corte drástico” nas contribuições dos portugueses. “As ajudas são menores. Aqui tentamos minorar e é por isso que continuamos a ter, ano após ano, esta relação com a Legião da Boa Vontade. Este ano proporcionamos a 50 famílias um natal melhor”, esclareceu.
Luís Pedroso, num olhar sobre a solidariedade social em Portugal, considerou que se não fosse o poder local, no caso as câmaras municipais e as juntas de freguesia, “muitos dos problemas da população seriam bem piores”. “O Estado, através da Segurança Social, tem vindo a demitir-se das suas responsabilidades. Pessoas que trabalham 30 e 40 anos são deviam ser tratadas com dignidade e não como números”, lamentou.
